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Mostrando postagens de 2015

2015, o ano dos três pontinhos

*Texto publicado na edição de sábado (19) do jornal O Estado de MS Eis que chego à minha última coluna do ano com aquela vontade... Que 2016 seja menos pior, blábláblá, mimimi e adjacências. Este ano foi um tal de disse que me disse, de ler e não saber entender o que está escrito, de bola fora. Sim, tivemos coisas boas também. O ex-chefão da CBF foi parar lá nos Estados Unidos, a Fifa sofreu e sofre nas mãos dos norte-americanos, os “paladinos” do futebol. Ah, se o Blatter soubesse quanta dor de cabeça teria ao deixar o “States” de escanteio e optar por outras sedes nas Copas de 2018 e, principalmente a de 2022. A casa caiu, ou no inglês Joel Santana, “the house fell”. E isto foi bom. O efeito cascata prendeu uns tantos, amedrontou outros e fez até o presidente da CBF, Marco Polo, evitar as viagens ao exterior. Como diz o ditado, “quem tem, tem medo”. Enfim, assim como Cesar, dai a Nero o que é de Nero. Todavia, como nós, brasileiros, não fazemos dessa terra boa um país sério

'Que Horas Ela Volta?' Fora dos prêmios gringos? Esquenta não

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Reprodução Internet Eis Que Horas Ela Volta? Ficou de fora da lista aos indicados a melhor filme estrangeiro do Globo de Ouro. E, as chances do mesmo acontecer em relação ao Oscar também são muitas. E daí? Assisti faz poucas semanas o filme dirigido pela Anna Muylaert. Sem medo do chavão, achei o longa metragem “correto”. Regina Casé na pela da mãe nordestina, Camila Mardila, a filha “revolts”, e Lourenço Mutarelli como o “coroa carente e taradão” seguram o filme. Eu recomendo. O título do longa metragem vale tanto para o núcleo empregado como para a do empregador. Está lá a briga de classes, o deslumbre pela cidade grande, a patroa má, a doméstica guerreira e por aí vai. Mas, tem umas pitadas diferentonas. A filha que vem para fazer vestibular sai do rótulo submisso e bicho do interior, o filme não faz muita questão de por umas músicas melodramáticas, e o final é interessante. Vale a pena. É bacana o esforço em evitar o discurso panfletário. Sutilmente, mostra que as

Que semana para o torcedor. E para quem acha que manda nele

*Publicado na edição de hoje (5) do jornal O Estado MS E não é que este jornal chegou aos 13 anos! Parabéns a vocês. Que estejam sempre conosco. Acho que muita gente gostaria de ficar no 13 a vida inteira. Deve ser melhor do que 15, apesar de que debutante sempre consegue a melhor fatia do bolo e, com certeza, 45 é demais. Brincadeirinha. Vida longa, e que emende aí uns 124 anos para cima. Posto isso, que semana hein?! Para cima deles, Parmêra! O legal do futebol é ver como ele insiste em ser brasileiro. Nada daquele discurso de que trocar de técnico durante o ano dá errado, de que contratar vinte e tantos jogadores jamais levaria o clube para algum lugar, e que estas arenas “chiques” não dão emoção como antes. A glória anestesia os erros. Macunaíma ainda vai ser por um bom tempo a tônica deste futebol Brasil varonil. Sem muito planejamento, com os peladeiros profissionais fazendo a torcida de que tem dindin para poder gritar, fazer selfie, cantar o hino, ver se alguém curtiu sua

Jogos Vorazes – O Final – a TORDOados e ou cansados

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Caminhando e cantando e seguindo a canção nos Distritos e na Capital Reprodução da Internet E lá fomos nós! Encarar ao que parece o desfecho da heroína sem querer querendo Katniss Everdeen. E nem sei se valeu a pena ser em 3 D . A impressão é que foi pouco usado, ou não precisava, ou quem mandou assistir Pan, este sim, praticamente cada take um flash, ops um 3 D. “Foi o melhor filme que eu já vi, pai”, disse o filho-crítico-pré-adolescente logo depois da exibição na sala de cinema surpreendentemente vazia para um fim de semana. Não o final que queria (por ele, rolava mais umas porradas, brigas, e tal, típico dos garotos da idade). Tudo bem, morri vintão por um chaveiro “tordo”. A patroa também não achou ruim o final do Hunger Games. Mas, para ela, faltou digamos “mais romance”. Acho que esse é o ponto. Ou um dos... O filme, de um modo geral, entrega o que promete. Nem vou entrar no mérito “ah, o diretor (Francis Lawrence) consegue retratar coisas que tem a ver com a po

Sobre Delcídio e tal: Perca um tempão para ler ou ouvir isso, pois, é imperdível

Sem essa de entrar neste Fla-Flu blablabla que virou este negócio de coxinhas, petralhas, e semelhantes. Se você ainda não ouviu ou leu, aproveite o fim de semana para se informar sobre a noção do que significa a prisão do senador Delcídio do Amaral. Deixe um café, chá, ou a bebida que deseja de lado. Reserve um lanche, uma pipoca, um rango também. Mas, na boa, deveria ser leitura obrigatória para tentar entender o que se passa na política, na 'justiça', no Brasil de hoje. Do Brasil de sempre? Quer ouvir os noventa e pouco minutos sobre a conversa que tocou em "quem não devia" e provocou a prisão inédita. Méritos para Fausto Macedo, do Estadão. Clique aqui Quer ler, que foi o meu caso, vá ao site JOTA ou clique aqui Sei lá, leia ou escute aí e depois fale ou me fale. Abraço

Torcedor, da crise até o hexa na cabeça

*Publicado na edição de hoje (21) do jornal O Estado MS Antes - Esse Tite é burro, por que ele insiste com o Vagner Love? - Devia ter continuado com o Mano. Essa diretoria... - Jadson é pipoqueiro, por que veio para o Timão? - Esse Renato Augusto já veio bichado da Europa, quem contratou esse cara? - O Elias é mercenário, só voltou por causa de dinheiro, devia ter ficado no Flamengo. - O Corinthians não tem lateral. Fagner, Edilson... só refugo! - Agora, sem Sheik e Guerrero, que nosso time não vai ganhar mais nada - Time que perde pro Guarani do Paraguai vai ganhar o Brasileiro? Bem capaz... - Este ano, só não cair está bom. Durante - Não sei, acho que não tem banco de reserva para chegar no G-4 - Ih, se ganharmos mais uns jogos, vamos entrar na briga de vez - O Atlético-MG tem mais time, acho que é favorito, mas... - Tem 15 pontos ainda para disputar, tem muito jogo - Jogar na casa dos caras é complicado, se somar um pontinho tá bom demais. Depois - Lá vem a CBF

Para relaxar... Haja o que Uber

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Momento nada a ver: Sempre que ouço a palavra 'Uber', lembro de duas coisas: - O Hubert do Casseta & Planeta Reprodução/Internet E - A música porrada California Über Alles, do Dead Kennedys. Não tá dos melhores, mas vale o registro. Clica aí   https://youtu.be/eIqESwzCGg4 Porque eu não sei colar direto o vídeo (foi mal) Abraço

Da série filmes que só vi agora: Peter Pan 3 D. De Nevermind a Neverland

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O Peter de verdade é bem mais arteiro e mala - Palavras de quem entende (e não sou eu) Reprodução: Internet E. lá vamos nós! Para a rabagésima versão do Terra do Nunca. E, graças a ajuda de um amigo que descolou uns ingressos, bora lá em Pan 3 D! Saco vazio de pipoca e o filme ainda nem estava na parte final. Sinal de que eles gostaram. Ou do alimento amanteigado ou das aventuras do Peter, do Gancho, da Princesa Tigrinha, do Ismy. Ou dos dois. Vai saber. Eu? Confesso que, da família, sou o mais “cético”. Ou menos sem imaginação, sei lá. Ao contrário das crianças e da patroa, diria uma PhD em Harry Potter, História sem Fim, Crônicas de Narnia e adjacências.   Aliás, ela notou uma falha. A Wendy (editada), que não apareceu nesta produção dirigida por Joe Wright, originalmente tem participação em uma Londres pré 2ª Guerra Mundial. E, o filme que tem o garotinho Levi Miller como Peter já se encontrava sob alvos de bombardeios. Durante o filme, fiquei meio que viajando. Meno

Vamos subir, Galooo...de Rio Brilhante

*Texto publicado na edição de sábado (7) do jornal O Estado de MS O primeiro jogo que eu assisti no estádio foi em 1984. Estádio Morenão cheio, estávamos lá pela primeira vez. Eu, meu pai, minha mãe, meus irmãos. O jogo: Operário x Palmeiras. Na verdade, não lembro da partida inteira. Mas do que recordo, foi marcante como se pode notar. Da arquibancada, via a festa dos torcedores do Galo da Capital. Deve ter me ajudado a gostar de lugares com muita gente. A gostar de futebol. Lembro dos fogos, uma atmosfera sadia, de ver o aquecimento daquele goleiro do Palmeiras, que as mulheres achavam bonitão, tal qual um Leão. E mal nos acomodamos na arquibancada, por sinal a mesma até hoje, saiu o gol do Galo. Nem sei quem foi, de acordo com pesquisas via internet parece ter sido do Lima. O time da casa, naquela época era o mandante mesmo, comandado pelo técnico Carlos Castilho. Gente nova que não sabe quem foi, favor pesquisar. Vale a pena. Fomos para o intervalo com a esperança de s

Da série filmes que só vi agora - Enquanto Somos Jovens

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Filmes que tentam retratar casais que já estão na casa, no apartamento, quitinete, dos quarenta, devem existir aos montes. Difícil é o pessoal “coroa”, “tiozão”, “tiazona”, se ver nele. Cair naquela coisa caricata, de tio Sukita (lembram?) ou a mulher que já não pode ter mais filhos e, ao mesmo tempo, atrai os garotões, é o mais recorrente. Naomi Watts manda Ben (melhor que este trocadilho infame) Reprodução/Internet Enquanto Somos Jovens, do diretor Noah Baumbach, se aventura nessa seara. Lançada no ano passado, a comédia traz Ben Stiller e Naomi Watts como este casal. Que nem pode ser chamado de bem-sucedido, mas, vamos lá. Daí eles conhecem uma dupla mais nova formada por Adam Driver e Amanda Seyfried, e dão uma pirada. No meio disso tudo, lembrem-se, é uma comédia, o diretor enxergou um espaço para dar umas alfinetadas no glamour midiático dos...documentários. Pois, o casal jovenzinho convence a madura dupla a participar da produção de um vídeo sobre um soldado norte-ame

Jogos Mundias Indígenas, Palmas para eles

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*Texto publicado na edição de sábado (24) do jornal O Estado de MS - Com exceção da foto Tem certos assuntos que são difíceis de abordar. Índio é um deles, certamente. Em Palmas, no Tocantins, desde a quinta-feira acontece o JMPI. Sigla para, novidade também para mim, Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. São pelo menos 2 mil índios de 22 países. E, você, que achava que “este tipo de povo” só existia, ou resistia, no Brasil. Bom, mas, sei lá né, vai saber, silvícola norte-americano deve ser mais chique, falar em inglês. Da Europa, deve ser de primeiro mundo, os papa-capim finlandeses e neozelandeses não devem ser “folgados” iguais os daqui. Isto, contando que, de repente, há poucas linhas tu nem sabia que nativos eram exclusividade também fora do território tupiniquim. Ironias à parte, reconheço que deve ser complicado jornalisticamente abordar os Jogos Mundiais Indígenas, que terminam daqui a uma semana na capital tocantinense. Atenção: Palmas fica na região Norte, quase Ce

Da série filme Nacional que só vi agora: Louco por Cinema parece aqueles 'feitos na raça'

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Pode até não parecer muito, mas acho que foi a melhor atuação do Nuno Leal Maia. O filme é Louco Por Cinema, lançado em 1994, na década conhecida como perdida, ou a do plano Real, ou a do É Tetraaa, etc. O longa dirigido por André Luiz Oliveira até que não foi mal recebido pela crítica, pelo menos foi o que apurei preguiçosamente por meio da internet. Já o público, boa parte dele, considerou meio tosca. “Típico filme de cinema nacional”.  Reprodução/Internet E uma das partes considera que a ideia do filme é boa, mas foi desperdiçada. Eu me encaixo nela. Enquanto assistia, pensava que a história de Lula, interpretado por Nuno Leal Maia, obcecado por fazer um filme em pleno manicômio era legal. Junto com outros “doidos”, o internado deixa presa uma comissão dos Direitos Humanos, até que a sua obsessão tenha sucesso. Nuno Leal Maia me surpreendeu. Que bom Reprodução/Internet Denise Bandeira, no papel da psicóloga Vera, vai bem no filme também. Assim, como os colegas de manicô

Na minha época de criança, torcer para a seleção era mais legal

*Publicado na edição de sábado (10) do jornal O Estado MS Como se aproxima o feriado de Nossa Senhora Aparecida, do dia 12 de outubro, tanto ou mais conhecido por ser o Dia das Crianças, vou me dar de presente o que todo menino grande que gosta de futebol adora fazer: fingir ser comentarista. O alvo da vez, claro, é a seleção. Por que ela não encanta tanto quanto eu era garoto pequeno e morava no bairro Amambaí? Época em que jogava bola na praça da frente, antes de virar a das Araras, e todo mundo queria ser alguém do Brasil-il-il. Ou, na pequena garagem de casa, onde o tamanho dos gols era delimitado pelos chinelos, as traves mais anãs do imaginário infantil. E dá-lhe gol do Zico, do Careca, passe do Sócrates, defesa do Carlos, o capitão tinha de ser o Oscar. Ninguém queria ser muito os gringos. E olhe que havia um tal de Maradona, de Lotar Mattaus, de Platini (pena depois ter ido para o lado negro da Força), e tantos outros. Se bobear, a Copa de 86 foi o momento, talvez, de mai

Da série Filmes que só vi agora (mas esse não gostei muito) - Ghost Dog

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Reprodução/Internet Você lê a sinopse, fica animado. Vê que tem bons atores (Forest Whitaker e John Tormey), pô, deve ser muito bom. O diretor é Jim Jarmusch, do famoso Daunbailó, puts, não tem como errar... Bem, comigo, não foi bem assim. O filme em questão é Ghost Dog, lançado lá pelos 1999/2000 e tem como personagem principal o Ghost Dog, um matador de aluguel que vive com pombos e segue os preceitos de um samurai. Mas, apaga uma pessoa errada e vai se entender com o seu “mestre”, assim denominado por Whitaker, por ter salvo a sua vida quando era garoto. Eu confesso, tentei ver duas vezes o filme, sem dormir. Na terceira, consegui. Pelo que li nas redes sociais, o longa metragem é longe de ser considerado ruim. E, talvez, definitivamente não seja. Tem como "melhor amigo", um sorveteiro francês, e faz amizade com uma menina curiosa. Mas, sei lá, sabe quando você parece não estar no clima. Ou não consegue entrar. O filme é arrastado, pode ser que o diretor pou

Após um mês, o responsável pelo esporte na Capital é... ainda não tem

*Publicado na edição de sábado (26) de O Estado MS Sexta-feira, dia 25, foi emblemática para o esporte de Campo Grande. Ao mesmo tempo em que a cidade recebeu o ministro do Esporte, George Hilton, em clima olímpico, a Capital de Mato Grosso do Sul em seu cerne está longe do espírito esportivo. Um exemplo signifcativo: há um mês a direção da Fundação Municipal de Esportes está vaga.  E, segundo o prefeito, que acompanhou garbosamente o representante federal, não há nome e nem prazo para o principal cargo na área esportiva do município de 800 mil habitantes. “A demora na escolha deve-se ao fato dela ser bem criteriosa”. Puxa, quer dizer que para as demais secretarias e pastas não precisou de tamanho zelo. Que bom, o esporte “agradece”. Ironias à parte, o importante é que em junho de 2016, a tocha olímpica vai passar por aqui. A realidade é que a passagem do símbolo dos Jogos inspira muito ou quase nada as autoridades da cidade e, porque não, de Mato Grosso do Sul. Em nível e

Bem ou mal, mas temos autódromo

*Texto publicado na edição de hoje (12) do Jornal O Estado de MS Eis que em um ano em que começou meio paradão, o autódromo de Campo Grande recebe no fim de semana, uma etapa da Stock Car depois de quatro anos. O mesmo tempo em que o Flamengo ficou longe do G-4 do Brasileirão. Tudo bem, amanhã pode ser que aconteça algo e #NaoHouveCorrida, ou o time de maior torcida do Brasil faça seus milhões de seguidores acreditarem que foi apenas um sonho ver o clube de volta à zona da Libertadores. Foco o autódromo novamente! O circuito campograndense, mesmo sem a atenção, manutenção, pistão, comunicação, e tantos aos necessários, será palco de seu terceiro grande evento nacional. Em abril, os caminhões da Fórmula Truck reapareceram lá na saída para Três Lagoas, e no mês de julho, o pessoal da Moto 1000 GP se equilibrou em duas rodas na pista que tem a reta mais longa entre os autódromos do país. Sinal de prestígio, está com moral a cidade, o autódromo, hein?! Menos, menos. O que influenciou

Minions é para criançadinha. Ah, mas, tem umas coisas que só os 'grandions' vão entender

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Só umas coisas sobre os Minions Não, não assisti com a criançada. Eles assistiram antes da gente. Sim, como muita gente diz: ‘É bem para criança pequena. Diferente de Divertida Mente (? será?)” E, sim e não: Sim, a criançada curte bastante. Não, não é só para os miudinhos. Sim, pelo menos duas coisas que vi e acho que, além do fator humor pastelão, só gente grande sacou. Ou, como eu, achava que era. A primeira: Quando o trio Kevin, Stuart e Bob chega aos Estados Unidos e ao fundo, a campanha de Richard Nixon para presidente com os dizeres: Finalmente um nome em que você pode confiar’ A segunda: Quando, sem querer invadem o estúdio que encenava a ida do homem à Lua. Lembrei da famosa teoria da conspiração que defende que isto não aconteceu. Foi uma grande obra-prima dirigida por Stanley Kubrick. Ainda tem as referências aos hippies, e, ao início, que aliás foi o que fez a maioria comparecer às salas de cinema: a pré-história e a história. Por isso, digo e re

Eu ia falar Divertida Mente, mas aí misturei tudo

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Olha, é difícil falar de um longa-metragem que esteve em evidência. Ou está, sei lá. Mais complicado é quando a maioria fala bem da animação. Assim, Divertida Mente. Reprodução:Disney O desenho que foi aplaudido até em Cannes, dado como retorno triunfal da Pixar, deve ter sido alvo de ene resenhas, discussões, loas, e muitos, muitos elogios. Certa Mente. Eu não sei, sabe aquela coisa: você assiste ao trailer, acha bacana, começa a fuçar sobre, parece que é muito bom, e, quando entra em cartaz, geral fala que vale a pena. Expectativa Mente. Pois, assim, quando chegou aos multiplex aqui de Campo Grande, mirei como desafio ajuntar uma grana e levar Eu, a patroa e as crianças para assistir. Esperançosa Mente. Como a verba anda meio na tristeza, dia após dia acompanhava os horários disponíveis na expectativa do filme “me esperar” para ver. E semana vinha, ia embora e eu, nada de contar com uns cinqüentão para ir ao shopping, do qual, aos amantes da sétima arte são pratica

Campo Grande, esporte, aniversário. Que presente

*Texto meu publicado na edição de hoje (29) do jornal O Estado de MS Antes de iniciar os trabalhos e preencher este glorioso espaço, parabéns Campo Grande. Um pouco atrasado, é verdade. Mas, me permito forçar a barra porque sou filho da terra. E, filho tem preferência. Aliás, na véspera e no dia do aniversário propriamente dito, 26 de agosto, o presente para a Cidade Morena foi um pouco amargo. Para falar o mínimo. Fiquei com vergonha, triste. É sério. O passado é orgulho, o presente é incógnita e o futuro, a quem pertence? Ou, vão virar para a gente e dizer Isto não lhe pertencem mais! E o esporte? Fiquei pensando, em situações como esta, em que prefeito e vereadores são cargos tão estáveis quanto aos dos técnicos de futebol, se era o caso de ter uma lei igual às existentes em casos de greve em setores básicos da sociedade. Pelo menos uma porcentagem tem de estar funcionando, para evitar que a população sofra demais. Se é que é possível passar incólume da sofridão nos dia

Da série: filmes bacanas que só assisti agora – O vizinho

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Já vem de alguns anos, a corrente que defende o cinema argentino melhor do que o brasileiro. Os “hermanos” têm até Oscar. Dois para ser mais exato, e, que um dia espero vê-los (A História Oficial, de 1985, e O Segredo dos Seus Olhos, de 2009). Prefiro nem entrar muito no mérito da questão. Deixo para quem entende realmente de sétima arte. Lembrei disso depois de ver O Homem ao Lado, no canal I-Sat.  Divulgação Dirigido por Gastón Duprat e Mariano Cohn, a produção lançada em 2011 é interessante. Basicamente, o filme trata do estresse sofrido por Leonardo, um designer “celebridade”, que mora em uma casa, arquitetada pelo grande Le Corbusier. Aí, do nada, um vizinho, Victor, daqueles que, à primeira vista, parece ser do tipo “bruto, rústico e sistemático”, resolve fazer uma janela, de forma ilegal, que literalmente “entra” na casa do Leonardo. O que deixa a esposa indignada e pressiona o designer a tomar uma atitude radical: fazer com que El hombre de al lado (nome original

Excepcionalmente reservado ao paradesporto

*Texto publicado na edição de sábado (15) do jornal O Estado de MS Antes de mais tarde do que muito tarde, parabéns à Michele Ferreira e Yeltsin Jacques. A primeira, bicampeã dos Jogos Parapan-Americanos no judô, e o segundo, ouro no atletismo, medalha conquistada durante a semana na pista de Toronto, no Canadá. No fim de semana, teremos mais pódio sul-mato-grossense com os cinco jogadores que integram a seleção de futebol de 7. Opa, quase esqueci da Rosenei Herrera, bronze no arremesso de peso, e da Silvania Oliveira, ouro no salto em distância. Se no esporte “normal” as dificuldades são imensas, no paradesporto as coisas também estão longe de serem fáceis. Estendo a admiração a todos que, de alguma forma, fazem algo paraolímpico. Sei que é o tipo de coisa que não dá ibope. Mas, ás vezes, é preciso se desligar dessa neurose de audiência, de informar só o que, certamente, agradará o leitor, o torcedor. Mesmo que seja em datas ocasionais, como o Parapan, as Paraolimpíadas. Ou,

Paralamas do Sucesso, ingrediente de sucesso no Festival do Sobá

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Eis que o Festival do Sobá de Campo Grande chegou ao seu décimo ano e só agora fui. Até meio com vergonha de dizer isso, devido às minhas raízes nipônicas (isso, óbvio, acreditando que você tenha ideia do que é o sobá). E, confesso, o fato dos Paralamas do Sucesso tocarem lá na Feira Central  foi o principal ingrediente para ir ao local. E lá fomos eu, a patroa, os filhotes,ladeado por bons amigos. E muita gente. Nem sabia que na garagem da feira cabia tanta gente. Muvuca. Reclamo, estou velho, mas às vezes gosto disso. Faz relembrar os tempos do Albano Franco, dos shows em ginásios, e, recentemente, do MS Canta Brasil no Parque das Nações, de voltar a pé sem medo. Ao vivão e vivendo. Volto à quinta-feira (6). Sei lá se não calcularam direito. As vaias aos políticos antes, certamente não. As filas para o show também. A ponto da revista na entrada ter começado rigorosa e depois solenemente deixado para lá. Medo de tumulto, talvez? Sempre tem aqueles que não querem pagar e pre

Da série, filmes bacanas que só assisti agora - Sete dias com Marilyn

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Reprodução: Internet Enquanto assistia Sete Dias com Marilyn, vários pensamentos passavam como um filme na minha cabeça. “Tem que ser no mínimo, corajosa, para interpretar a maior musa/diva/atriz/celebridade hollywoodiana de todos os tempos”, era um destes. Alguns outros são as teorias/palpites/histórias sobre a sua vida até sua, e, para fechar, me incluo entre os personagens do filme lançado em 2011 e pega como ponto de partida a participação da norte-americana em longa-metragem na Inglaterra: “Essa mulher realmente devia ofuscar qualquer um. Querendo ou não, devia brilhar demais” Michelle Williams merece realmente os elogios. Mandou muito bem. Lógico, você tem de guardar as devidas proporções (principalmente as físicas) entre ela e o mito cujo ousou incorporar. Mas, Kenneth Branagh no papel de Laurence Olivier ficaria bem também no quesito “(quase) roubou a cena”. Na história, Olivier, outro ator monstro, começa como quem acha que vai se renovar tendo um affair com a estre

Se dizem ‘bom é o que vem de fora’, por que a rejeição aos técnicos gringos?

Publicado na edição de sábado (1) do jornal O Estado MS Nós, brasileiros, somos um povo esquisito. Adoramos exaltar como as coisas funcionam no exterior. Como na Europa, nos States, no Japão, ninguém tenta levar vantagem, que o povo é ordeiro, que o ladrão, o corrupto, enfim, quem faz coisa errada vai preso. Vai ver, nem são humanos. Evoluídos Sapiens. Ah, mas nem um cafezinho?! Já disse o saudoso jornalista João Saldanha, vai ver a Scotland Yard ficou famosa por prender só britânico gente boa, de certo. Que no governo Bush, os yankees atacaram o Iraque e até hoje não provaram a existência de armas químicas. E, até no incensado Japão, desculpe aí colônia, o orçamento para as obras no estádio para as olimpíadas de Tóquio, em 2020, pulou de R$ 2 bilhões para R$ 6 bilhões. “Ah, mas eles têm dinheiro sobrando”, sério, ouvi isso. Certo, há justificativa para tudo. O que é bom vem de fora é um mantra deste povo e não é de hoje e, sei lá, mudar ele requer muito mais do que palavras de (d

Da série, filmes bacanas que só assisti agora – Os Piratas do Rock

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Reprodução da Internet  Se você gosta de rock inglês, certeza, já deve ter assistido. Se não, vale a pena gastar quase duas horas neste barco de Os Piratas do Rock. Clica aí para ver o trailer  https://www.youtube.com/watch?v=pyXu0mC38SE O título oficial é The Boat That Rocked, quase igual né?! Bom, detalhes à parte é uma boa diversão. Atenção, parafraseando Marcelo Bonfá, tirem as crianças da sala! Falo isso porque vai que você queira assistir com a família. Acho melhor, não. E, aumente o som. Aos doentes por música britânica, perdoe se álbum tal ou música assim não foram criados antes de 1966. Relaxa. O ano de 1966 é a época em que se baseia a ficção. Com o rock crescendo igual erva daninha no quintal de casa, o governo inglês decide combater o estilo, que tocava direto nas rádios piratas. E, de acordo com o filme, muito pouco na BBC. Sei lá, guardada as proporções, a BBC deve ou deveria ser a Globo deles. Ou não? O filme lançado em 1999 é dirigido por Richard Curti

Da série, filmes bacanas que só assisti agora - Moonrise Kingdom

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Bill Murray, Edward Norton, Harvey Keitel, Frances McDormand…você olha a ficha do filme com estes atores e diz, puts, este Moonrise Kingdom vale pelo menos uma olhada. Com carinho. Wes Anderson é um diretor que não chega a ser uma unanimidade. É responsável por obras até badaladas, O Grande Hotel Budapeste (ainda não vi), e pelo O Fantástico Sr Raposo, que vi e, sei lá, longe de me empolgar. Mas, este drama lançado em 2012 surpreende também pela criançada. Essa 'dupla de dois atores' segura a onda diante dos adultos Reprodução Ou, como digo geralmente, por que parece que os atores mirins dos States são tão melhores do que os nossos? Ou não?! O filme em si é daqueles que parece não ter nada demais. A história gira basicamente na dupla Sam e Suzy. Ele, interpretado por Jared Gilman, um garoto deslocado em meio a um grupo de escoteiros que, literalmente,não está nem aí para o menino. Ela, retratada por Kara Hayward, de saco cheio dos pais e mergulhada em livro

Aceitemos, assistir o Pan é remar contra a maré. Da mesmice?

Você está acompanhando o Pan-Americano de Toronto? Complicado né? Eu bem que tento, me sinto quase um Dom Quixote contra o exército de um esporte só. Ou, pior, empenhado em ganhar mentes e corações do pessoal que só torce para quem vence. E, ai se parar de ganhar. Longe de bater continência, ser soldado, fazer parte da minoria da audiência que muda o canal do controle remoto às vezes é árduo. Renovar hábitos, sair da mesmice, está distante de ser fácil para qualquer um. Vamos ver se o Pan embala nesta segunda semana, com o pessoal dos esportes coletivos e das finais. Sim, eu sei que os Jogos que acontecem em Toronto nem de perto é uma ”Olimpíada sem grife”.  Porém, a cobertura dada a ela incomoda. O desdém com que o brasileiro olha para ela, por desconhecimento, por costume, ou por comodismo mesmo, chega a ser chato. Clima bem diferente de quando o Pan foi no Rio, em 2007. Aquele oba-oba, Brasil-il-il. E daí que os estadunidenses, os maiores papa-medalhas, não vieram com a