Após um mês, o responsável pelo esporte na Capital é... ainda não tem
*Publicado na edição de sábado
(26) de O Estado MS
Sexta-feira, dia 25, foi
emblemática para o esporte de Campo Grande. Ao mesmo tempo em que a cidade recebeu
o ministro do Esporte, George Hilton, em clima olímpico, a Capital de Mato
Grosso do Sul em seu cerne está longe do espírito esportivo. Um exemplo signifcativo:
há um mês a direção da Fundação Municipal de Esportes está vaga.
E, segundo o prefeito, que
acompanhou garbosamente o representante federal, não há nome e nem prazo para o
principal cargo na área esportiva do município de 800 mil habitantes. “A demora
na escolha deve-se ao fato dela ser bem criteriosa”. Puxa, quer dizer que para
as
demais secretarias e pastas
não precisou de tamanho zelo. Que bom, o esporte “agradece”. Ironias à parte, o
importante é que em junho de 2016, a tocha olímpica vai
passar por aqui.
A realidade é que a passagem do
símbolo dos Jogos inspira muito ou quase nada as autoridades da cidade e,
porque não, de Mato Grosso do Sul. Em nível estadual, inexiste projetos que, já
que o assunto é Rio-2016, tenham olhos em ciclos olímpicos ou fortalecem
as modalidades em sua base. Do
jeito que anda, a rotina desde sempre de exportar
os talentos seguirá com força
total.
E, desempenhos como o dos
Jogos Escolares da Juventude, encerrados em Fortaleza, vão se
repetir: nenhum pódio em modalidades
coletivas. Sério, sequer em terceiro lugar. Tudo bem, vai ver em um hipotético
teste vocacional, o esporte tenha ficado entre
as últimas das aptidões.
Exceção feita ao futebol, lógico.
Firme e forte, com televisão, apoio das prefeituras, do governo. Crise, que
crise? Só falta avisar os torcedores. Que parecem desconfiados. Prova disso,
mais uma, é a diferença de público entre os jogos do Operário, principal time
de
futebol do Estado, com os
eventos no autódromo.
E, olha que nem automobilismo
direito tem por estas pistas. Imagine se tivesse. Imagine nos Jogos...
Por falta de opção, chance da
F-Truck voltar em 2016 é grande
Por falar em autódromo, Campo
Grande esteve muito perto de receber pela segunda vez no ano a Moto 1000 GP.
Porém, muito por conta da política atribulada que por aqui atravessa, a
organização da competição decidiu não arriscar e preferiu mandar a última prova
do ano para Curitiba.
Para dizer que não falei das
flores, ou do asfalto, não asfáltica, eu acho, é tida como certa a vinda da
F-Truck para o primeiro semestre de 2016. Sem Brasília e Rio de Janeiro, e com
Fortaleza praticamente descartada, o cardápio de autódromos pelo país é
limitado.
Com a maioria das pistas
situada na região Sul, Rio Grande do Sul e Paraná, o Circuito
Orlando Moura parece
convidativo. Além das benesses oferecidas, a realização em Mato Grosso do Sul contribui
para dar à Fórmula Truck o ar nacional que a categoria busca imprimir.
Como ouvi em uma música, se a
“missão do sofredor é se adiantar”, pessoal responsável pela manutenção do
autódromo já podia traçar um cronograma para deixar tudo em ordem. E evitar as
gambiarras de última hora e, assim dar fim a esta tradição de tudo feito de qualquer
jeito só para a corrida.
Aliás, que ocorre também e,
principalmente, fora das duas, quatro ou mais rodas.
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