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Mostrando postagens de agosto, 2015

Campo Grande, esporte, aniversário. Que presente

*Texto meu publicado na edição de hoje (29) do jornal O Estado de MS Antes de iniciar os trabalhos e preencher este glorioso espaço, parabéns Campo Grande. Um pouco atrasado, é verdade. Mas, me permito forçar a barra porque sou filho da terra. E, filho tem preferência. Aliás, na véspera e no dia do aniversário propriamente dito, 26 de agosto, o presente para a Cidade Morena foi um pouco amargo. Para falar o mínimo. Fiquei com vergonha, triste. É sério. O passado é orgulho, o presente é incógnita e o futuro, a quem pertence? Ou, vão virar para a gente e dizer Isto não lhe pertencem mais! E o esporte? Fiquei pensando, em situações como esta, em que prefeito e vereadores são cargos tão estáveis quanto aos dos técnicos de futebol, se era o caso de ter uma lei igual às existentes em casos de greve em setores básicos da sociedade. Pelo menos uma porcentagem tem de estar funcionando, para evitar que a população sofra demais. Se é que é possível passar incólume da sofridão nos dia

Da série: filmes bacanas que só assisti agora – O vizinho

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Já vem de alguns anos, a corrente que defende o cinema argentino melhor do que o brasileiro. Os “hermanos” têm até Oscar. Dois para ser mais exato, e, que um dia espero vê-los (A História Oficial, de 1985, e O Segredo dos Seus Olhos, de 2009). Prefiro nem entrar muito no mérito da questão. Deixo para quem entende realmente de sétima arte. Lembrei disso depois de ver O Homem ao Lado, no canal I-Sat.  Divulgação Dirigido por Gastón Duprat e Mariano Cohn, a produção lançada em 2011 é interessante. Basicamente, o filme trata do estresse sofrido por Leonardo, um designer “celebridade”, que mora em uma casa, arquitetada pelo grande Le Corbusier. Aí, do nada, um vizinho, Victor, daqueles que, à primeira vista, parece ser do tipo “bruto, rústico e sistemático”, resolve fazer uma janela, de forma ilegal, que literalmente “entra” na casa do Leonardo. O que deixa a esposa indignada e pressiona o designer a tomar uma atitude radical: fazer com que El hombre de al lado (nome original

Excepcionalmente reservado ao paradesporto

*Texto publicado na edição de sábado (15) do jornal O Estado de MS Antes de mais tarde do que muito tarde, parabéns à Michele Ferreira e Yeltsin Jacques. A primeira, bicampeã dos Jogos Parapan-Americanos no judô, e o segundo, ouro no atletismo, medalha conquistada durante a semana na pista de Toronto, no Canadá. No fim de semana, teremos mais pódio sul-mato-grossense com os cinco jogadores que integram a seleção de futebol de 7. Opa, quase esqueci da Rosenei Herrera, bronze no arremesso de peso, e da Silvania Oliveira, ouro no salto em distância. Se no esporte “normal” as dificuldades são imensas, no paradesporto as coisas também estão longe de serem fáceis. Estendo a admiração a todos que, de alguma forma, fazem algo paraolímpico. Sei que é o tipo de coisa que não dá ibope. Mas, ás vezes, é preciso se desligar dessa neurose de audiência, de informar só o que, certamente, agradará o leitor, o torcedor. Mesmo que seja em datas ocasionais, como o Parapan, as Paraolimpíadas. Ou,

Paralamas do Sucesso, ingrediente de sucesso no Festival do Sobá

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Eis que o Festival do Sobá de Campo Grande chegou ao seu décimo ano e só agora fui. Até meio com vergonha de dizer isso, devido às minhas raízes nipônicas (isso, óbvio, acreditando que você tenha ideia do que é o sobá). E, confesso, o fato dos Paralamas do Sucesso tocarem lá na Feira Central  foi o principal ingrediente para ir ao local. E lá fomos eu, a patroa, os filhotes,ladeado por bons amigos. E muita gente. Nem sabia que na garagem da feira cabia tanta gente. Muvuca. Reclamo, estou velho, mas às vezes gosto disso. Faz relembrar os tempos do Albano Franco, dos shows em ginásios, e, recentemente, do MS Canta Brasil no Parque das Nações, de voltar a pé sem medo. Ao vivão e vivendo. Volto à quinta-feira (6). Sei lá se não calcularam direito. As vaias aos políticos antes, certamente não. As filas para o show também. A ponto da revista na entrada ter começado rigorosa e depois solenemente deixado para lá. Medo de tumulto, talvez? Sempre tem aqueles que não querem pagar e pre

Da série, filmes bacanas que só assisti agora - Sete dias com Marilyn

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Reprodução: Internet Enquanto assistia Sete Dias com Marilyn, vários pensamentos passavam como um filme na minha cabeça. “Tem que ser no mínimo, corajosa, para interpretar a maior musa/diva/atriz/celebridade hollywoodiana de todos os tempos”, era um destes. Alguns outros são as teorias/palpites/histórias sobre a sua vida até sua, e, para fechar, me incluo entre os personagens do filme lançado em 2011 e pega como ponto de partida a participação da norte-americana em longa-metragem na Inglaterra: “Essa mulher realmente devia ofuscar qualquer um. Querendo ou não, devia brilhar demais” Michelle Williams merece realmente os elogios. Mandou muito bem. Lógico, você tem de guardar as devidas proporções (principalmente as físicas) entre ela e o mito cujo ousou incorporar. Mas, Kenneth Branagh no papel de Laurence Olivier ficaria bem também no quesito “(quase) roubou a cena”. Na história, Olivier, outro ator monstro, começa como quem acha que vai se renovar tendo um affair com a estre

Se dizem ‘bom é o que vem de fora’, por que a rejeição aos técnicos gringos?

Publicado na edição de sábado (1) do jornal O Estado MS Nós, brasileiros, somos um povo esquisito. Adoramos exaltar como as coisas funcionam no exterior. Como na Europa, nos States, no Japão, ninguém tenta levar vantagem, que o povo é ordeiro, que o ladrão, o corrupto, enfim, quem faz coisa errada vai preso. Vai ver, nem são humanos. Evoluídos Sapiens. Ah, mas nem um cafezinho?! Já disse o saudoso jornalista João Saldanha, vai ver a Scotland Yard ficou famosa por prender só britânico gente boa, de certo. Que no governo Bush, os yankees atacaram o Iraque e até hoje não provaram a existência de armas químicas. E, até no incensado Japão, desculpe aí colônia, o orçamento para as obras no estádio para as olimpíadas de Tóquio, em 2020, pulou de R$ 2 bilhões para R$ 6 bilhões. “Ah, mas eles têm dinheiro sobrando”, sério, ouvi isso. Certo, há justificativa para tudo. O que é bom vem de fora é um mantra deste povo e não é de hoje e, sei lá, mudar ele requer muito mais do que palavras de (d