Paralamas do Sucesso, ingrediente de sucesso no Festival do Sobá


Eis que o Festival do Sobá de Campo Grande chegou ao seu décimo ano e só agora fui. Até meio com vergonha de dizer isso, devido às minhas raízes nipônicas (isso, óbvio, acreditando que você tenha ideia do que é o sobá). E, confesso, o fato dos Paralamas do Sucesso tocarem lá na Feira Central  foi o principal ingrediente para ir ao local.

E lá fomos eu, a patroa, os filhotes,ladeado por bons amigos. E muita gente. Nem sabia que na garagem da feira cabia tanta gente. Muvuca. Reclamo, estou velho, mas às vezes gosto disso. Faz relembrar os tempos do Albano Franco, dos shows em ginásios, e, recentemente, do MS Canta Brasil no Parque das Nações, de voltar a pé sem medo. Ao vivão e vivendo.

Volto à quinta-feira (6). Sei lá se não calcularam direito. As vaias aos políticos antes, certamente não. As filas para o show também. A ponto da revista na entrada ter começado rigorosa e depois solenemente deixado para lá. Medo de tumulto, talvez? Sempre tem aqueles que não querem pagar e preferiram ficar do lado de fora da cerca que delimitava a área do show. Mico gratuito, não avisaram que era de grátis? Vai entender. Dava para ver moças na corcunda curtindo e cantando junto do lado de fora.

E, calculado ou não, pode ter sido as últimas frases de Herbert Viana antes da saideira. “A gente tem muito o que aprender com este povo japonês.  Onde, lá (no Japão), corrupto vai para cadeia”, e emendar o que País é Este, do Legião Urbana. Ponto alto do show. Pelo menos para o meu garoto de dez anos que se encheu daquele ar de “transgressor” para cantar com o coro “Que país é este, É a pôxa do Brasil!”

A última vez que tinha visto os Paralamas foi no primeiro show que eles fizeram em Campo Grande após o acidente do Herbert. Sinto falta da energia dele como no primeiro show que vi deles, aqui, na turnê Vamo Batê Lata, acho que na década de 90. Aliás, faltou esta música na exibição de quinta-feira. Bom, difícil seria tocar todos os hits. (H)Aja tempo.

Porém, os caras ainda entregam o que prometem. Musicalmente seguem ótimos. Herbert é um dos melhores na lista dos Bons Compositores que Cantam  Mal (da qual também incluo Nando Reis, por exemplo) . Bateria, saxofone, guitarra, apoio, conseguem se safar até em lugar que a acústica não é nenhuma Brastemp. Até porquê, é bom lembrar, estamos em um Feira.
No repertório, músicas tranquilas, baladinhas e um ou outro som mais agitado. Interessante, que, no limite do possível, a banda manda o seu recado. Alagados, O Beco, Loirinha Bombril, presentes em meio a Meu Erro, Lanterna dos Afogados, Ela Disse Adeus , Tendo a Lua, La Bella Luna, Você, e outras mais.

E, quase ao lado, governador, prefeito e asseclas juntos em uma grande mesa saboreando a culinária nipo-campo-grandense. E, teve gente no show pedindo 300 Picaretas. Melhor não, né?!
Resumindo: um bom show, que não foi, perdeu.

Segundos do show feitos por celular e cinegrafista amadores



E, por favor, nada contra Bonito, Corumbá, cidades que gosto muito de verdade, mas não esqueçam da Capital. Show

Abraço

Imagem feita por celular amador
*Editado instantes após publicado. Errei o vídeo, foi mal.

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