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Mostrando postagens de outubro, 2015

Da série filmes que só vi agora - Enquanto Somos Jovens

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Filmes que tentam retratar casais que já estão na casa, no apartamento, quitinete, dos quarenta, devem existir aos montes. Difícil é o pessoal “coroa”, “tiozão”, “tiazona”, se ver nele. Cair naquela coisa caricata, de tio Sukita (lembram?) ou a mulher que já não pode ter mais filhos e, ao mesmo tempo, atrai os garotões, é o mais recorrente. Naomi Watts manda Ben (melhor que este trocadilho infame) Reprodução/Internet Enquanto Somos Jovens, do diretor Noah Baumbach, se aventura nessa seara. Lançada no ano passado, a comédia traz Ben Stiller e Naomi Watts como este casal. Que nem pode ser chamado de bem-sucedido, mas, vamos lá. Daí eles conhecem uma dupla mais nova formada por Adam Driver e Amanda Seyfried, e dão uma pirada. No meio disso tudo, lembrem-se, é uma comédia, o diretor enxergou um espaço para dar umas alfinetadas no glamour midiático dos...documentários. Pois, o casal jovenzinho convence a madura dupla a participar da produção de um vídeo sobre um soldado norte-ame

Jogos Mundias Indígenas, Palmas para eles

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*Texto publicado na edição de sábado (24) do jornal O Estado de MS - Com exceção da foto Tem certos assuntos que são difíceis de abordar. Índio é um deles, certamente. Em Palmas, no Tocantins, desde a quinta-feira acontece o JMPI. Sigla para, novidade também para mim, Jogos Mundiais dos Povos Indígenas. São pelo menos 2 mil índios de 22 países. E, você, que achava que “este tipo de povo” só existia, ou resistia, no Brasil. Bom, mas, sei lá né, vai saber, silvícola norte-americano deve ser mais chique, falar em inglês. Da Europa, deve ser de primeiro mundo, os papa-capim finlandeses e neozelandeses não devem ser “folgados” iguais os daqui. Isto, contando que, de repente, há poucas linhas tu nem sabia que nativos eram exclusividade também fora do território tupiniquim. Ironias à parte, reconheço que deve ser complicado jornalisticamente abordar os Jogos Mundiais Indígenas, que terminam daqui a uma semana na capital tocantinense. Atenção: Palmas fica na região Norte, quase Ce

Da série filme Nacional que só vi agora: Louco por Cinema parece aqueles 'feitos na raça'

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Pode até não parecer muito, mas acho que foi a melhor atuação do Nuno Leal Maia. O filme é Louco Por Cinema, lançado em 1994, na década conhecida como perdida, ou a do plano Real, ou a do É Tetraaa, etc. O longa dirigido por André Luiz Oliveira até que não foi mal recebido pela crítica, pelo menos foi o que apurei preguiçosamente por meio da internet. Já o público, boa parte dele, considerou meio tosca. “Típico filme de cinema nacional”.  Reprodução/Internet E uma das partes considera que a ideia do filme é boa, mas foi desperdiçada. Eu me encaixo nela. Enquanto assistia, pensava que a história de Lula, interpretado por Nuno Leal Maia, obcecado por fazer um filme em pleno manicômio era legal. Junto com outros “doidos”, o internado deixa presa uma comissão dos Direitos Humanos, até que a sua obsessão tenha sucesso. Nuno Leal Maia me surpreendeu. Que bom Reprodução/Internet Denise Bandeira, no papel da psicóloga Vera, vai bem no filme também. Assim, como os colegas de manicô

Na minha época de criança, torcer para a seleção era mais legal

*Publicado na edição de sábado (10) do jornal O Estado MS Como se aproxima o feriado de Nossa Senhora Aparecida, do dia 12 de outubro, tanto ou mais conhecido por ser o Dia das Crianças, vou me dar de presente o que todo menino grande que gosta de futebol adora fazer: fingir ser comentarista. O alvo da vez, claro, é a seleção. Por que ela não encanta tanto quanto eu era garoto pequeno e morava no bairro Amambaí? Época em que jogava bola na praça da frente, antes de virar a das Araras, e todo mundo queria ser alguém do Brasil-il-il. Ou, na pequena garagem de casa, onde o tamanho dos gols era delimitado pelos chinelos, as traves mais anãs do imaginário infantil. E dá-lhe gol do Zico, do Careca, passe do Sócrates, defesa do Carlos, o capitão tinha de ser o Oscar. Ninguém queria ser muito os gringos. E olhe que havia um tal de Maradona, de Lotar Mattaus, de Platini (pena depois ter ido para o lado negro da Força), e tantos outros. Se bobear, a Copa de 86 foi o momento, talvez, de mai