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Mostrando postagens de novembro, 2019

Até o fim, Flamengo

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Torcedores em Campo Grande-MS durante a final da Libertadores 2019 - Nilson Figueiredo/Jornal O Estado MS O Flamengo não merecia perder. Ou melhor, sua gente, seu time. Neste sábado, 23 de novembro de 2019, enquanto os comandados de Jorge Jesus lutavam para sair do zero um, pensei muito nisso. Uma das coisas fascinantes do futebol é deixar o tal merecimento no campo da subjetividade. Se  o troféu fosse para o River Plate de novo estaria em boas mãos. Só que este Flamengo carregava um peso bem maior que os seus 42 milhões de torcedores. Que seus 38 anos na fila. O elenco precisava mostrar aos detratores o quanto é ridículo a agressividade para com o técnico português. Logo o brasileiro, que é visto como um povo hospitaleiro. Ainda é? Seus colegas de profissão, não todos, à beira do campo da xenofobia, passaram da hora de reconhecer o trabalho de JJ. Acredito que depois dessa, não passarão. Os jogadores necessitavam trazer novamente a mística do “deixou chegar” e enterrar

(Grande) Dica se você tiver hora e meia: podcast "Antifa" do Chutando a Escada

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“Os caras têm que voltar a ter vergonha de serem fascistas.” “Você não vai deixar o fascista falar na sua escola… Vai falar para lá, aqui você não vai falar” “Vou contar uma outra anedota, é meio lenda urbana, quando era punk e tal tinha uma história, quando os carecas do ABC resolveram se corresponder com um grupo neonazista alemão e receberam uma carta do tipo assim ‘Sai daqui seus ‘latino imundo!’ Se fuderam (risos)” Caraca, muito, muito bom esse episódio. Sensacional a didática do professor Acácio Augusto, da Unifesp sobre os fascistas. Uma porrada de palavras bem desferidas contra os ultra-direitas e críticas também sobre a quantas andam a esquerda. Demorei uns três dias para escutar tudo (parcelado a la Casas Bahia mesmo). Mas, vale a pena. Sei lá se vão achar ruim, mas dei muita risada também.  Confesso, escutei de novo. Quem sabe, uma hora eu consigo ter acesso ao livro "Antifa - o Manual Antifascista" de Mark Bray. Ponto de partida do episódio.

Dica chover no molhado: Raising Dion

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Cara, tanto golpe e revides nesta semana. Com o aniversário do filhão no meio dela. É, como diria a torcida do XV de Piracicaba: “três vezes cinco, quinze, três vezes cinco, quinze, quinze!”. Parabéns, guri. Foi tanta coisa que procrastinei o texto para o meu kishotesco blog. Desculpe aí, se você acessou o bagulho no fim de semana. Não tive condições. Foi mal. Dion me lembra o garoto do clipe do Mark Ronson com o Mystikal. Vou deixar o tal clipe lá no fim do texto, beleza?! - Imagem: Reprodução Sei lá se é influência do quinzão do garoto e/ou misturado com as coisas que aconteceram Brasil e vizinhança afora, pensei em Criando Dion. Ou Raising Dion, no título original. Se você ainda não ouviu falar, é uma série lançada este ano na Netflix. Baseado em história em quadrinhos, a produção envolve uma criança que conta com super poderes – o Dion. O núcleo principal tem além do garoto que perdeu o pai em situação misteriosa, a mãe (estrelada por Alisha Wainright) que se vi

Emicida dá uma mudada em AmarElo. E...Quem tem Um Amigo (Tem Tudo)

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Sou da época em que quando um artista ou banda atingissem um patamar (bem) acima da média de reconhecimento, lançavam um trabalho bem diferente do que o seu costumeiro. Era o famoso “sair da zona de conforto”, ou um tal de evocar um “lance mais intimista, voltado mais para o seu gosto do que preocupado em agradar os fãs”. Cara, quando carinha chega a este nível é sinal de que sente segurança em arriscar. E, não deixa de ser bom, sinal que mereceu. “Quem tem Um Amigo (Tem Tudo)”,   Emicida e seu álbum (ou projeto, sei lá) Amarelo é por aí. Vez ou outra já disse que, hoje, o rapper é uma das melhores coisas que a música brasileira produz atualmente. Neste trabalho, o paulistano de 34 anos juntou amigos e nomes de peso, gente boa, engatilhou oito faixas com a observação part. A do Amigo, parágrafo acima, é Zeca Pagodinho. A gente fica até sem jeito de não gostar de algo que tem o sambista no meio. Foi umas das que curti. Não tem jeito.   Ao todo, são 11 músicas (Silêncio,