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Mostrando postagens de maio, 2015

A eterna ‘utopia’ do interesse público

*Texto publicado na edição de hoje (23) no jornal O Estado de MS Na faculdade de jornalismo, entre várias (in) disciplinas úteis para que seja moldado o futuro jornalista, uma das questões que levo comigo até hoje é o tal “interesse público” e o “interesse do público”. Se tal fato merece ser divulgado porque interessa à população, ou se tem de ser noticiado porque o leitor, telespectador, internauta precisa ou tem o direito de saber. Fatalmente a questão termina em discussão. Seja por motivos ou argumentos acadêmicos, teóricos, ou por abordagens mais passionais mesmo. No caso de hoje, vai ser pela segunda alternativa. A primeira dá muito trabalho, exige muita leitura, que vai além dessas discussões via redes sociais, e, sinceramente, seria deselegante entrar na seara dos estudiosos da comunicação. Pelo menos, grande parte deles merece o apreço. Outros, padecem de um choque de realidade prática. E, arrotam conhecimento distante do dia a dia como se fora uma entidade ou coleci

Black Sabbath foi, era, ou é uma banda pacifista. E, só caiu a ficha para mim agora.

É, vivendo e aprendendo. Quando era garoto, o que eu mais ouvia, lia e relia era que o Ozzy Osbourne comia morcego. A falta de informação é uma coisa.... Que heavy metal era coisa do demo,tudo bem, há uma boa parte que fez questão de ressaltar,cultuar, e estudar sobre isto. Ainda mais o Black Sabbath, com este nome... Eis, que, estes dias, parei em frente à televisão. Domingão de manhã, no Canal Bis, uma reportagem sobre o Black Sabbath. Para leigos como eu, muito bom. Depoimentos do Ozzy, do Anthony "Tony" Iommi, do Geezer Butler e outros. Discorreram sobre o nome da banda, como foi o processo para Paranoid, os clássicos Black Sabbat  War Pigs é um capítulo à parte.Pensada, de acordo com a reportagem, para ser uma música contra o Natal,acabou desembocada em um libelo contra a guerra. Ou nem tanto. Sempre gostei da música. Letras politizadas aliadas à melodia boa são um prato cheio para o meu paladar sonoro. Mas, hoje, bem mais maduro, a letra de War Pigs soa ainda mai

Vergonha na Libertadores: Bater só na Conmebol é fácil. E as federações, os clubes...

Legal, né?! Todo o mundo bate a Conmebol a respeito do não-futebol ocorrido quinta-feira na Bombonera, em Buenos Aires. Sim, para o que aconteceu em plena peleja de Libertadores ‘horRiver’ foi pouco, não tem nem Boca defender o indefensável. Tão ou pior que estes trocadilhos infames. Sim, a gloriosa Uefa da América do Sul correspondeu à tradicional expectativa, deu ganho de causa ao River Plate,depois recuou, deu mais um dia para o clube réu apresentar a sua defesa e, assim, o Cruzeiro espera pacientemente como quem aguarda ser atendido em hospital público. Infelizmente.Muito. Quem perde com estas coisas, confessos, diante da tevê, quinta-feira à noite, me deu uma baita tristeza, pode ser sim, os jogadores, os clubes envolvidos, e tal. Porém, todavia, entretanto, derrotado mesmo foi o futebol.  Ah, e que tal também dirigir esta “insatisfação gigante” para os cartolas das federações e dos clubes? Quem elege os caras da Confederação Sul-Americana, quem aceita o regulamento t

Brasileiro e a roda gigante no futebol

* Texto publicado na edição de sábado (9) do jornal O Estado MS Hoje começa o Brasileirão 2015. E, para honrar a tradição, o principal campeonato de futebol do país será aberto meio atravessado, parece que com vergonha, sem a dimensão que o evento merece. Mal acabaram os estaduais, em meio às decisões da Libertadores e, agora, com a concorrência dos holofotes da Liga dos Campeões da Europa. Aí, de repente, Brasileirão 2015! Pensando bem, tudo a ver com o jeitinho se vira nos 30 da nossa gente, não? Improviso é a regra. Será? Dentro de campo, futebol, apesar de tudo e de todos, segue aprontando, como a arte que imita a vida. Até bem demais. Que bom. Das voltas que o mundo da bola dá. Há um mês, o São Paulo era o retrato da crise estampada, enquanto o Corinthians empolgava sua torcida e, por que não, grande parte da imprensa. Hoje, o Tricolor do Morumbi é visto como time com “cara” de Libertadores. E o Timão? Vai ter de lutar muito para que a ordem a seu favor seja reestabelecida.