Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2014

Existem indivíduos que passam longe de ser torcedores

*Publicado na edição de sábado (30) do jornal O Estado MS A torcida em um jogo de futebol às vezes é tão importante quanto os times que lá dentro do campo estão. Não peça para explicar a um torcedor de verdade o que o faz ir ao estádio. Dificilmente ele te dará uma só resposta. Vai ver são muitos os motivos, as razões (ou a falta de), desde que veio de berço, ou que começou a gostar após ver aquele jogador ou o time ser campeão. Alguns, com inconsciente masoquismo, escolhe um clube que está na “fila” de título há anos. Ou torce para tal time sob alegação de ser do “contra”. Ou, como eu, virei torcedor justamente ao ver a paixão de outros torcedores. Os cânticos, as bandeiras, as coreografias. Sei lá, fazia e ainda faz um barulhinho bom. O fator arquibancada é fundamental desde os primórdios do esporte nacional. O país do futebol, agora depois da Alemanha (brincadeirinha), já registrava esta paixão para a história. Veja, e se quiser, escute depois, alguns trechos de hinos

A Felicidade Nunca vem Só: Vai para a série 'Nem sempre filme francês tem de ser 'cabeça''

Imagem
Sou do tempo em que quando o assunto era cinema francês, parece que um aura chique, blasé, e política vinha junto. Tudo bem, até hoje tem gente que pensa que filme brasileiro só tem palavrão e gente pelada. Mas, não é este o caso da nossa conversa. Claro, tem muito filme do idioma que você tem de falar fazendo biquinho que é cult e a fama não vem por acaso. De cabeça, lembro de Os Miseráveis, O ódio (La Haine), Irreversível, e por aí vai. Pois A Felicidade Nunca Vem Só ( Un bonheur n'arrive jamais seul) passa longe disso. Uma boa comédia romântica, bacana para quem gosta deste tipo de filme. E até para quem não gosta muuuito, mas também está em uma noite ou dia que chega de pensar muito.  Diga a verdade, vendo assim nem parece que é francês Reprodução/Facebook do filme Lançado em 2012, assisti por sugestão de quem manda lá em casa. Tava lá no canal por assinatura e topamos. A história é mais ou menos assim: um boêmio que toca piano em um bar se apaixona por uma mulher cheia d

Aniversário de Campo Grande: dez bandas ou grupos que deram rock em Campão

Que hoje, 26 de agosto, é aniversário de Campo Grande, é chover (e choveu) no molhado, todo mundo sabe. E dizer algo que ainda não foi dito, citado, compartilhado, fotografado, para um aniversariante tão ilustre é complicado. Na total falta de criatividade, vou mais ou menos na linha confortável adotada em parabéns á Cidade Morena anteriores: música. Sério, olha aí as provas do crime: http://blogdokisho.blogspot.com.br/2012/08/que-musica-voce-tocaria-no-aniversario.html http://blogdokisho.blogspot.com.br/2013/08/quer-ler-e-ouvir-o-que-acho-de-campo.html E, de uma hora para outra, listei 10 bandas/grupos que na modesta opinião de quem aqui está teclando, que, ou acabaram ou eu já não escuto mais porque, seilá, estou por fora mesmo. Em todo caso, um showzão reunindo este povo todo iria ser bem legal. Pelo menos para mim (tudo bem, egoísmo constrangedor) Vai aí, e vê depois o que me diz: PS – Certeza que faltou muita gente, se tiver a fim de lembrar, à vontade Por ord

Quando perde, o time é ruim. Quando ganha, mérito da torcida. Coitado do jogador.

Imagem
Neste caso é o Flamengo, mas o discurso se encaixa em qualquer clube "grande" da Série A. A equipe tá em uma crise brava, perde duas, três seguidas e dá-lhe críticas ao elenco, ao técnico, à diretoria. Começa a ganhar, vence dentro de casa diante de um bom público e, o que acontece? Os jogadores são os mesmos, o técnico (geralmente) continua igual, a diretoria nem se fala. Mas, os elogios vão para os torcedores. Que "empurraram o time" para dentro do campo adversário e meio que arrancaram à fórceps os três pontos. Torcida no jogo com o Atlético-MG, quarta-feira, no Maracanã Gilvan de Souza/Flamengo É muito legal ver a torcida, aos gritos, com coreografias, as imagens e o barulho. Ajuda, e muito. Sem ela Porém, fiquei pensando ontem à noite e hoje ainda continuou a me perseguir o pensamento:: "coitado do jogador. Quando perde ele é ruim. Quando a coisa melhora, os elogios não chegam na mesma proporção". Claro, nenhum jogador vai dizer que discorda,

Judoca medalhista de MS. A exceção bem que poderia virar regra

Imagem
Layana Colman na luta para seguir na carreira sem deixar sua 'casa'  Wander Roberto/Inovafoto/COB Em que pese o título acima ter soado bem bairrista, tentarei explicar (talvez o inexplicável). Aos que acompanham o esporte e os nascidos em Mato Grosso do Sul há alguns, não muitos, nomes de destaque no cenário. No futebol, o campo-grandense Jean, hoje no Fluminense, e Lucas Leiva, douradense que hoje atua no Liverpool-ING. No vôlei de praia, Talita seguramente está entre as seis melhores do país, talvez do mundo. Na natação, Leonardo de Deus dá braçadas rumo às Olimpíadas do Rio de Janeiro. E, no próprio judô, Rafael Silva, o "Baby", é o favorito ao pódio no Mundial deste ano. Porém, o quinteto acima mencionado tem algo em comum. Deixaram a terrinha muito cedo, alguns literalmente somente nasceram em MS (casos de Leonardo e Baby). Os demais, amadureceram e evoluíram já nos grandes centros de seus respectivos esportes. Layana, não. Aos 17 anos, comemora o tít

Final da Libertadores. E o país do futebol, só para variar, ignora

Na última quarta-feira foi disputado o jogo mais importante do ano entre clubes da América do Sul. A final da Libertadores da América entre o San Lorenzo, o “time do papa” e o Nacional-PAR, em Buenos Aires, com casa cheia, torcida enlouquecida. Espetáculo bonito de se ver, os argentinos empurrando o time e comemorando o gol de pênalti, decisivo e histórico. Do outro lado, a modesta equipe paraguaia até jogando melhor em alguns momentos, mas esbarrando no favoritismo dos donos da casa. Único clube dos grandes argentinos que não haviam erguido a taça. Festa bonita de se ver. Decisão sempre tem uma aura diferente. De Libertadores, então. Uma pena este ano o Brasil ter parado nas quartas de final. Depois de ter emplacado uma sequência com Inter, Santos, Corinthians e Atlético-MG. Porém, mais chato ainda é privar os brasileiros que gostam de futebol (e não são poucos) da chance de assistirem senão os jogos decisivos, pelo menos a final. Como escreveram, o “país do futebol” não transmite

O primeiro filme do Spielberg para o cinema faz 40 anos. E não é que é bom?

Imagem
Meio da noite estava lá eu zapeando, tentando filtrar algo diante de trocentos canais, e caí de paraquedas na TV Cultura. O título do filme: Louca Escapada (The Sugarland Express). E, que legal! Fiquei sabendo, que o longa-metragem foi o primeiro dirigido por Spielberg para o cinema. Quem acreditava que era Encurralado, produzido um ano antes, não é. Porque o mesmo foi feito originalmente para a televisão. Os carros foram os 'atores coadjuvantes' Reprodução Louca Escapada é de 1974 e, me surpreendeu. Com Goldie Hawn novinha, no papel de ex-presidiária que vai tentar soltar o seu marido, que estava prestes a terminar de cumprir sua pena, para ajudá-la a ter de volta o filho de 2 anos, o filme é bom. Pitadas de comédia, aventura, perseguições, tiros, e detalhes que viriam a ser tradicionais em Spielberg como problemas familiares, questão sociais e boas tomadas de câmera (sempre lembrando que o dito cujo foi feito há 40 anos), estão presentes. Assim, tudo junto e mist

A Copa já se foi há um mês. Mudou alguma coisa?

No dia 13 de julho a Alemanha conquistava o tetra no Maracanã. E, depois, aconteceu algo de bom no "país do futebol"? A festa se foi, os amigáveis torcedores foram embora, e para nosostros, o que ficou? De concreto só o crônico sadomasoquismo brasileiro de falar mal de si mesmo, ou como se não fosse deste país. A teimosa mania de comparar as coisas e elogiar como funciona no estrangeiro, mas não agir como se fosse um deles.  Seja no futebol, ou em qualquer outro lugar. Blá blá blá. O famoso mudar para ficar tudo como está. Talvez, importante mesmo será a votação da lei federal que ajudará os clubes a pagarem suas gigantescas dívidas. A previsão é que ainda este ano seja votada. Para o bem ou para o mal. De resto, o baixo astral previsível calcado no 7 a 1. Este sim, inesquecível. As outras coisas (novas ideias, ações concretas, cobranças por melhorias dentro de campo e fora dele, segurança do torcedor, etc) foram esquecidas. A memória curta é uma lástima. Não se aprende

Hoje teríamos um time de MT na Série A 2015. O abismo para o MS parece só aumentar

Imagem
Se o Campeonato Brasileiro da Série B terminasse hoje, Mato Grosso teria um time na Primeira Divisão de 2015. Pelo menos até a sexta-feira, o Luverdense é o vice-líder da Segundona. E já se foram 14 rodadas. E, mesmo que perca seu próximo jogo ainda permanecerá no G-4.  Ah, você pode dizer que ainda tem muitas rodadas e o time dificilmente vai se sustentar entre os quatro primeiros. Pode ser. Mas, como palpitou um amigo: "Cair, acho que eles não caem, mais não". Ou seja, na pior das hipóteses, Mato Grosso permanecerá na Segunda Divisão. E, com chances do time do Cuiabá também engrossar as fileiras da Série B, pois é um dos líderes do seu grupo na Série C. Não custa lembrar que a Terceira Divisão também está sendo televisionada. E o que tenho a ver com isso? Sei lá, uma "invejinha". Time de Mato Grosso bateu a Portuguesa-SP por 3 a 1 Site do Luverdense E, fala a verdade, deve ser muito bom ter esta sensação de que o time pode sonhar em chegar à elite. Já

O difícil limite entre futebol e poder público. Se é que existe

Tem certas coisas que beiram quase o lugar-comum, porém, me deixam ressabiado. Uma delas é este monte de concurso público ano após ano. Sem entrar no mérito de que é preciso preencher vagas, ou criar mais empregos. Do jeito que a vida anda, concurseiro é uma boa pedida. Desde que você consiga a tão sonhada estabilidade. O problema, em minha modesta opinião, é o poder público oferecer salários tão ou mais vantajosos do que a iniciativa privada. Como estimular a concorrência ou motivar alguém a fazer crescer o seu negócio (sem trocadilhos chulos de duplo sentido, por favor), se o governo “não sabe brincar”? Sim, quem rala, estuda muito merece conquistar um bom salário. Mas, que é pelo menos contraditório, é. Sei, a discussão está longe de ser simplória. E o que o futebol tem a ver com isso? Bom, ainda antes da Copa, havia comentado em algum lugar real ou virtual deste mundo sobre o que escreveu o jornalista Carlos Eduardo Mansur, do Globo, em seu Blog do Mansur. Em abril deste ano