Judoca medalhista de MS. A exceção bem que poderia virar regra
Layana Colman na luta para seguir na carreira sem deixar sua 'casa' Wander Roberto/Inovafoto/COB |
Aos que acompanham o esporte e os nascidos em Mato Grosso do Sul há alguns, não muitos, nomes de destaque no cenário.
No futebol, o campo-grandense Jean, hoje no Fluminense, e Lucas Leiva, douradense que hoje atua no Liverpool-ING.
No vôlei de praia, Talita seguramente está entre as seis melhores do país, talvez do mundo.
Na natação, Leonardo de Deus dá braçadas rumo às Olimpíadas do Rio de Janeiro.
E, no próprio judô, Rafael Silva, o "Baby", é o favorito ao pódio no Mundial deste ano.
Porém, o quinteto acima mencionado tem algo em comum. Deixaram a terrinha muito cedo, alguns literalmente somente nasceram em MS (casos de Leonardo e Baby). Os demais, amadureceram e evoluíram já nos grandes centros de seus respectivos esportes.
Layana, não. Aos 17 anos, comemora o título inédito ao judô brasileiro: ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude. Óbvio, a caminhada até chegar ao status de promessa/revelação dos tatames nacionais não chegou da noite para o dia.
Aos 9, já ensaiava os primeiros golpes. E, a partir daí, foi galgando competições estaduais, regionais, brasileiros, sul e pan-americanos, bronze no Mundial sub-18, até a segunda-feira histórica na China.
Sem sair de Campo Grande. Até agora. Espero que seu desejo de permanecer em solo nativo dure senão para sempre, o máximo possível. O exemplo de Sarah Menezes, judoca de ouro em Londres-2012, que conseguiu o feito sem deixar o Sergipe a inspira e a motiva a dizer não para Layana aos convites que recebe de se mudar para polos mais desenvolvidos.
Quanto mais tempo, a judoca do Clube Rocha ficar por estas bandas, melhor para o esporte de Mato Grosso do Sul. Claro, só querer não é poder. Para "poder", é preciso investimentos e um apoio dos poderes privados e públicos. Isto sim é segue sendo um grande desafio.
Parabéns.
Comentários
Postar um comentário