Da série: filmes bacanas que só assisti agora – O vizinho

Já vem de alguns anos, a corrente que defende o cinema argentino melhor do que o brasileiro. Os “hermanos” têm até Oscar. Dois para ser mais exato, e, que um dia espero vê-los (A História Oficial, de 1985, e O Segredo dos Seus Olhos, de 2009).

Prefiro nem entrar muito no mérito da questão. Deixo para quem entende realmente de sétima arte.
Lembrei disso depois de ver O Homem ao Lado, no canal I-Sat. 
Divulgação

Dirigido por Gastón Duprat e Mariano Cohn, a produção lançada em 2011 é interessante. Basicamente, o filme trata do estresse sofrido por Leonardo, um designer “celebridade”, que mora em uma casa, arquitetada pelo grande Le Corbusier. Aí, do nada, um vizinho, Victor, daqueles que, à primeira vista, parece ser do tipo “bruto, rústico e sistemático”, resolve fazer uma janela, de forma ilegal, que literalmente “entra” na casa do Leonardo. O que deixa a esposa indignada e pressiona o designer a tomar uma atitude radical: fazer com que El hombre de al lado (nome original do filme) pare a obra imediatamente.

Daí em diante, se desenvolve uma negociação de vizinhos. De um lado, o “dono do pedaço” Leonardo (Rafael Spregelburg), e de outro o “vizinho que tenta... ser vizinho Victor (Daniel Araóz)”.
Entre estratégias de se livrar de Victor, entre as tentativas de tentar uma aproximação pacífica com Leonardo, o longa metragem vai além do que um barraco. 

E, mostra como é frágil o tal comportamento humano. O que se denomina requintado, de perto não é o que parece. E o que dá medo, quando se conhece mais a fundo nota-se que o bicho nem é tão assustador assim. Aos poucos, o filme me deixou tenso, ora com agonia, ora engraçado, mas, no fim, cheguei a conclusão que vale a pena. A dupla de protagonista mandou muito bem, o núcleo feminino é bacana, e, mérito da direção, a produção te envolve, mas não te deixa pesadão, que tire o seu sono.

Entendeu? 
Se sim, então assista. Se não, assista também. Olhe aí o trailer
Se já viu, o que achou?

Abraço 

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