2015, o ano dos três pontinhos
*Texto publicado na edição de sábado (19) do jornal O Estado de MS
Eis que chego à minha última coluna do ano com aquela vontade...
Que 2016 seja menos pior, blábláblá, mimimi e adjacências.
Este ano foi um tal de disse que me disse, de ler e não saber entender o que está escrito, de bola fora. Sim, tivemos coisas boas também. O ex-chefão da CBF foi parar lá nos Estados Unidos, a Fifa sofreu e sofre nas mãos dos norte-americanos, os “paladinos” do futebol. Ah, se o Blatter soubesse quanta dor de cabeça teria ao deixar o “States” de escanteio e optar por outras sedes nas Copas de 2018 e, principalmente a de 2022. A casa caiu, ou no inglês Joel Santana, “the house fell”.
E isto foi bom. O efeito cascata prendeu uns tantos, amedrontou outros e fez até o presidente da CBF, Marco Polo, evitar as viagens ao exterior. Como diz o ditado, “quem tem, tem medo”. Enfim, assim como Cesar, dai a Nero o que é de Nero.
Todavia, como nós, brasileiros, não fazemos dessa terra boa um país sério, o cartola segue dando as cartas e se recusa a sair. Com o aval dos principais clubes e de todas as federações. Que esperneiam, fazem biquinho, mas, na hora do voto, elegem um aliado do MPDN.
Qualquer semelhança com o que acontece na política em geral é mera coincidência. Até porque, adoramos e longe estamos de perder a mania de apontar e detonar os erros de quem não gostamos.
Aos amigos, uma colher de chá, um “desvio de verba não é roubo”. Aos inimigos, “roubo e desvio são a mesma coisa!”. Ah, essa indignação seletiva foi a tônica dentro e fora do esporte.
Alguma esperança para 2016? Tem de ter, senão para que viver. É igual a filhos... “Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos Como sabê-lo?” Grande Vinicius de Moraes.
E 2015 no esporte em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul foi...não foi. A Cidade Morena talvez nunca antes na história dela tenha sido tão judiada. Dá até para escolher em que buraco se enfiou. Sem ginásio decente, estádio, Jogos Abertos, jogos fechados, pista de atletismo, apoio aos atletas, projetos. A culpa? Ah, põe na conta do prefeito. Difícil é saber em qual. Há pelo menos um mês, nossa reportagem tenta falar com o responsável pelo esporte no município, o diretor da Funesp, Ricardo Dal Farra. Ouvir o que tem a dizer, planos para 2016, etc. Bom, vai ver o recesso chegou mais cedo. Então, Feliz Natal e Ano Novo!
Em nível estadual, o governo da mudança repete o que gestões anteriores fazem com o esporte. Difícil entender o que foi prioridade. Mas, o repasse ao futebol “profissional”, o apoio à federação estadual, cujo mandatário, além de fazer questão de defender Marco Polo Del Nero, é do mesmo partido do governador, segue firme e forte. E, como dantes, as demais modalidades que se esforcem na luta pelo o que sobrar. Pois, o retumbante Sul-Mato-Grossense de Futebol já tem sua verba pública garantida. Para a próxima temporada, nem 0,20% do orçamento de Mato Grosso do Sul será remetido ao desporto. Filme repetido há pelo menos oito anos.
Detalhe positivo: diferente da esfera municipal, o responsável pelo esporte no Estado, Marcelo Miranda, diretor da Fundesporte, é aberto ao diálogo. Ouvir mais atletas, alunos, professores e técnicos é fundamental para que 2016 seja melhor.
Que os ventos olímpicos do Rio 2016 levem o esporte propriamente dito a todo o território nacional. Sonhar não custa nada. Muito menos é ‘imposto’.
Abraço
Eis que chego à minha última coluna do ano com aquela vontade...
Que 2016 seja menos pior, blábláblá, mimimi e adjacências.
Este ano foi um tal de disse que me disse, de ler e não saber entender o que está escrito, de bola fora. Sim, tivemos coisas boas também. O ex-chefão da CBF foi parar lá nos Estados Unidos, a Fifa sofreu e sofre nas mãos dos norte-americanos, os “paladinos” do futebol. Ah, se o Blatter soubesse quanta dor de cabeça teria ao deixar o “States” de escanteio e optar por outras sedes nas Copas de 2018 e, principalmente a de 2022. A casa caiu, ou no inglês Joel Santana, “the house fell”.
E isto foi bom. O efeito cascata prendeu uns tantos, amedrontou outros e fez até o presidente da CBF, Marco Polo, evitar as viagens ao exterior. Como diz o ditado, “quem tem, tem medo”. Enfim, assim como Cesar, dai a Nero o que é de Nero.
Todavia, como nós, brasileiros, não fazemos dessa terra boa um país sério, o cartola segue dando as cartas e se recusa a sair. Com o aval dos principais clubes e de todas as federações. Que esperneiam, fazem biquinho, mas, na hora do voto, elegem um aliado do MPDN.
Qualquer semelhança com o que acontece na política em geral é mera coincidência. Até porque, adoramos e longe estamos de perder a mania de apontar e detonar os erros de quem não gostamos.
Aos amigos, uma colher de chá, um “desvio de verba não é roubo”. Aos inimigos, “roubo e desvio são a mesma coisa!”. Ah, essa indignação seletiva foi a tônica dentro e fora do esporte.
Alguma esperança para 2016? Tem de ter, senão para que viver. É igual a filhos... “Filhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos Como sabê-lo?” Grande Vinicius de Moraes.
E 2015 no esporte em Campo Grande, em Mato Grosso do Sul foi...não foi. A Cidade Morena talvez nunca antes na história dela tenha sido tão judiada. Dá até para escolher em que buraco se enfiou. Sem ginásio decente, estádio, Jogos Abertos, jogos fechados, pista de atletismo, apoio aos atletas, projetos. A culpa? Ah, põe na conta do prefeito. Difícil é saber em qual. Há pelo menos um mês, nossa reportagem tenta falar com o responsável pelo esporte no município, o diretor da Funesp, Ricardo Dal Farra. Ouvir o que tem a dizer, planos para 2016, etc. Bom, vai ver o recesso chegou mais cedo. Então, Feliz Natal e Ano Novo!
Em nível estadual, o governo da mudança repete o que gestões anteriores fazem com o esporte. Difícil entender o que foi prioridade. Mas, o repasse ao futebol “profissional”, o apoio à federação estadual, cujo mandatário, além de fazer questão de defender Marco Polo Del Nero, é do mesmo partido do governador, segue firme e forte. E, como dantes, as demais modalidades que se esforcem na luta pelo o que sobrar. Pois, o retumbante Sul-Mato-Grossense de Futebol já tem sua verba pública garantida. Para a próxima temporada, nem 0,20% do orçamento de Mato Grosso do Sul será remetido ao desporto. Filme repetido há pelo menos oito anos.
Detalhe positivo: diferente da esfera municipal, o responsável pelo esporte no Estado, Marcelo Miranda, diretor da Fundesporte, é aberto ao diálogo. Ouvir mais atletas, alunos, professores e técnicos é fundamental para que 2016 seja melhor.
Que os ventos olímpicos do Rio 2016 levem o esporte propriamente dito a todo o território nacional. Sonhar não custa nada. Muito menos é ‘imposto’.
Abraço
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