Vivemos a cultura do ‘surto’. Zica, vai lá
Morar em Campo Grande tem suas peculiaridades. Uma delas é
que a cada semana parece vivermos um surto. Acho que o povo é meio surtado,
inclusive este que vos fala.
Por exemplo, o trânsito. Volte e meia ou na contramão,
dê-lhe noticiário sobre a falta de educação do motorista, ou do motociclista,
ou do ciclista, ou do pedestre. Já diria o caboclo, “parece que bebe”. Tem até
um relógio da vida, que é para registrar os dias sem mortes nas ruas da
capital. A intenção pode ser até digna, mas é mórbido.
Aí , nestes dias sem acidentes, voltou com força a tal da
gripe. E lá vai o povo surtar de novo. Posto de saúde e hospital vira “point”.
Multidão esgota a vacina. Cuidado para não ser atropelado ou bater o carro até
lá hein. Ainda mais nestes dias frios.
Aliás, a tal da meteorologia também surta os
campo-grandenses. Não importa se é a rabagésima frente fria do ano, o negócio é
reclamar do tempo. Tudo bem, quando chove, aí é de esquentar a cuca. Pois, as
ruas e calçadas não são à prova de água. Buracos brotam aos montes, brutamontes
nem são necessários. Aliás, cada “cratera” nos bairros que faz o povo surtar.
Sem querer querendo, vai criando um clima de paranóia. Eu
mesmo estou esperando a próxima onda de surto. O que vem aí? Eleição, trânsito
de novo, clima, alta nos preços dos alimentos, algum reality show ou artista da
terra que começou a fazer sucesso?
Olha, relaxar às vezes é preciso. Taí, vamos divulgar a paranóia
relax. Não vejo a hora de
esquentar um pouco para beber aquele téras ou comer um belo churras. Com muita calma, sossegado e na moral.
Comentários
Postar um comentário