Cadê o CD? Ih, é conversa para mais de Long Player
“Cadê o CD? O CD tá aqui, ó”. Quem é de Campo Grande e tem
mais de, seilá, 25, 30 anos provavelmente lembra desta frase, fruto de campanha
publicitária de uma loja chamada Symphonia. Esse slogan grude me veio à cabeça
depois de ler uma matéria sobre o fechamento de uma loja de CD’s. Segundo a
matéria da Ângela Kempfer no site Campo Grande News, o dono não quis dar muita
trela não, mas alegou “série de fatores”. Todos já conhecidos: concorrência com
a internet, downloads e pirataria.
Infelizmente o fenômeno é mundial. Até na Inglaterra
(aproveitar clima de Olimpíada) o CD está sendo riscado. O tal do MP3, pen
drive e afins são mais práticos. E olha que adoro CD’s. Aliás, quem anos atrás
entrou pela janela da minha casa e roubou os meus 150 compact-discs, por favor,
que tenha feito bom uso.
Mas, no Brasil, acho que a questão do encalhamento do CD
também tem outro vilão. É muito imposto: o governo impõe sua fatia, aliado às
taxas de distribuição, a margem da gravadora, lucro dos artistas e, por fim, e
a parte do comerciante. Vixe, é muita taxa para um cd só. Explicar para o
leigo, como um cd virgem vendido a R$ 1 chega a ser vendido por 20 vezes ou
mais nas lojas é tarefa tão árdua como fã dissecando o disquinho em busca do bônus
track (ainda existe?)
Como se vê, é conversa para mais de Long-Player. Aliás, eu
tenho uma porrada de fita k7 e estava querendo fazer uma doação ou gravar tudo
em mp3. Alguém pode me ajudar?
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