E Campo Grande conseguiu. Virou São Paulo!
Quando era facultativo da UFMS (como disse um jogador do São Paulo
certa vez, facultativo é um lugar que tem muitas faculdades), eu comparei com
minha amiga cuiabana de que Campo Grande quer ser paulista e Cuiabá deseja ser
carioca. Uma brincadeira só para apimentar o nosso bairrismo.
Quase 20 anos depois, sabendo que a prefeitura de Campo
Grande vai preparar a festa para um time paulista nesta quarta em pleno coração
da cidade, a agora minha digníssima patroa não perdeu a chance: “Depois
reclamam quando falam que campo-grandense queria ser paulista” (e dê-lhe
risada).
Tenho uma pá de amigo paulista, muitos que fazem parte da
segunda maior torcida do Brasil, mas assino embaixo a ironia/indignação vinda da
mato-grossense de tchapa e cruz e que hoje mora (e criou raízes) em Campo
Grande. Se o time em questão fosse do Rio, Grande do Sul, ou de Minas, ou de
outrem.
Deixo claro também que xiita não sou. Esse negócio de ter de torcer para time da sua cidade é forçar a barra. Cada um escolhe o time que quiser (já falei sobre isso em coluna publicada no O Estado MS).
Só não consigo ver o porquê do poder público bancar uma festa que é para um time fora de nosso Estado. Questiono se há um censo, ou houve um abaixo assinado de torcedores para justificar tal iniciativa. Se ainda houvesse um ou outro jogador nascido sul-mato-grossense, talvez poderia ser justificada a montagem de tal estrutura na praça.
Só não consigo ver o porquê do poder público bancar uma festa que é para um time fora de nosso Estado. Questiono se há um censo, ou houve um abaixo assinado de torcedores para justificar tal iniciativa. Se ainda houvesse um ou outro jogador nascido sul-mato-grossense, talvez poderia ser justificada a montagem de tal estrutura na praça.
Se tal partida não fosse transmitida na televisão em canal
aberto, tudo bem. Mas não é o caso, a rede Globo é adereço obrigatório em
qualquer televisão em território nacional. Ainda as opções de torcer em bares
ou reunidos com os amigos. Sei lá, festa é a gente que faz.
Escrevo estas mal-digitadas linhas antes do jogo. Talvez,
depois dele, o sucesso da empreitada justifique o oportunismo. Mas, que seria
bacana a mesma determinação e rapidez em que foi decidida pela montagem da “Cidade
do Corinthians” aplicada não só ao esporte local, mas em outras áreas que
precisam de atenção em nossa cidade... Ah, isso seria.
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