Palmeiras, dever cumprido e família

Um campo grande de palmeirenses na quarta
Crédito: João Carlos Castro/O Estado MS
Escrevo estas mal-digitadas linhas há exatas oito horas do fim da partida,  e sete após o expediente de quarta-feira. Plantão em noite de decisão de título dá um trabalho. Pero, são os ossos do ofício e a sensação de dever cumprido compensa as horas extras longe da família e a fome. Passar o tempo apenas com uma barrinha de cereal no estômago, é quase uma iniciação para curso de faquir.
Dever cumprido e família, aliás, são as marcas deste Palmeiras que soltou o primeiro grito de campeão em torneios nacionais nesta década. A conquista da Copa do Brasil retorna ao alviverde paulistano ao estilo Felipão. Sua ‘família’ Scolari sepultou o trauma 6 x 0 do Coritiba ao passo de um estilo bola no mato que o jogo é de campeonato e a união do elenco em torno do seu comandante-mor, que mostrou ainda ser um dos melhores técnicos do país ao erguer a taça com time deveras limitado.  Só para constar: não gosto da maneira que ele monta suas equipes dentro de campo, mas tenho de reconhecer seus méritos.

Já o Coritiba, bi-vice e cada vez mais tornando uma espécie de “Vasco paranaense” para alegria de seus rivais locais, preparou uma festa bonita. Para os visitantes. Com um ataque mal nas finalizações, o time não teve forças para reagir após o gol de empate palmeirense e foi engolido pelo nervosismo. Nem de longe, lembrou o time que eliminou o São Paulo na semifinal e atuou bem em Barueri-SP na primeira partida da grande decisão. De quebra, detonou meu palpite. Coisas do futebol.

Resumo da ópera: Palmeiras na Libertadores com ou sem Felipão, com ou sem Valdivia, mas com a certeza da sensação de alívio/orgulho do torcedor. Que, literalmente, há muito tempo não se via.

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