Projeto que veta reeleição. Sonhar não custa nada

Artigo reproduzido da edição de sábado (21) do jornal O Estado MS www.oestadoms.com.br

E lá se vão dez dias de um, digamos “acontecimento” que
pouca gente deu bola, raquete, rede, etc. Inclusive, faço uma mea
culpa. Mas, antes tarde do que muito tarde, vamos ao fato.
A Comissão de Turismo e Desporto (CTD) da Câmara dos
Deputados aprovou, no último dia 11, substitutivo apresentado
pelo deputado federal José Rocha (PR-BA), que limita o
mandato de dirigentes esportivos a apenas uma reeleição.
A medida vale para clubes e entidades desportivas que
recebam um dinheirinho dos cofres públicos. Na verdade, o
meu, o seu dinheiro. Clubes que participam da Timemania
e o Comitê Olímpico Brasileiro também entram neste rol.
Infelizmente, a CBF fica de fora. Por incrível que pareça, a
entidade que manda no nosso futebol é mantida por patrocínios
privados.
Olha, sei que é uma burocracia tremenda, e talvez nem
chegue a emplacar. Mas, como narra o famoso samba: Sonhar
não custa nada.
Já pensou, a federação de futebol, os clubes tendo de pelo
menos fazer o esforço para indicar alguém de sua confiança?.
O que, neste meio, convenhamos, é fato raro. Nas outras modalidades
também. Pelo menos uma sacudida nessa poeira
vermelha que cobre este território, que outrora era um deserto
e transformou-se em cidade primor acho que aconteceria. E,
quem sabe, estenderia aos celeiros de fartura. Na verdade,
como todos sabem, ao nosso sofrido esporte anda “fartando”
muita coisa.
Em nível nacional também seria ótimo. Aos Nuzman, Ary
Graça, que agora concorre à presidência do vôlei internacional,
Coaracy Nunes da vida, uma homenagem pelos serviços
prestados. E, sangue um pouco menos velho nessas artérias
sul-americanas e. não, da América Latina. Ainda.
Mas, voltando à realidade, a você, que assim como eu, é
leigo nesse negócio de política. O projeto de lei passa pela
Comissão de Constituição de Justiça da Câmara (CCJ). De
lá, passa para mais três comissões do Senado Federal. Caso
algum líder partidário faça requerimento por votação, a
matéria vai ao Plenário. Daí, a pauta vai em definitivo para
o Plenário da Câmara, que representa o último passo até
que o projeto de lei vá à sanção presidencial. As mudanças
propostas serão incorporadas à Lei Pelé. A nova medida só
será válida quando houver a sanção de Dilma Rousseff.
Um dos defensores da reeleição uma vez só, José Rocha
(PR-BA) admite que haverá uma grande torcida contra. Basta
informar que o projeto anda a passos de marcha atlética
desde 2008. Curiosamente, o ano da Olimpíada de Pequim. E
o assunto vem à tona, vejam só, no ano dos Jogos de Londres.
Algum cunho eleitoreiro nesse percurso? Quizá, perhaps...
Mas, quem sabe no Rio-2016, comemoremos não só medalhas
e pódios, mas também novos ares no comando das
nossas digníssimas federações, clubes e comitês. Já que a
curto prazo...

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