Se o vilão foi a doença e o Stallone a cura, agora Sarah


Crédito: London 2012

Em 1986, o ator Sylvester Stallone, aquele do Rocky, protagonizou um filme chamado Stallone Cobra. O longa-metragem não tem nada demais, acho que nem na época fez tanto sucesso. Pelo menos na minha ótica de garoto de nove anos. Eu sei o que mais me marcou foi uma pérola do bonzão do Stallone para um dos inúmeros bandidos que ele, claro, mandou bala. “Você é a doença, eu sou a cura”.
Se ele conhecesse a piauiense judoca, acho que aplicaria um F5.  E ficaria mais ou menos assim: “Você é a doença, eu posso até ser a cura, mas se você trombar com ela, você Sarah”.
Está bem, está bem, este trocadilho foi meio que um golpe. Não (a)judô muita coisa.
Mas, foi só um jeito de homenagear a atleta brasileira medalha de ouro. E, mais uma coisa para quem vive fora do eixo Rio-SP, Sul-Minas, como este que digita, a judoca já bateu o pé e diz que seguirá treinando em seu estado natal, o Piauí. Fala a verdade, Piauí às vezes você nem lembra que existe. Igual a Mato Grosso... do Sul.
Calma, calma, a provocação é só para mostrar que a atitude da Sarah Menezes fez aumentar o meu conceito sobre ela. E valorizar de um modo geral o Brasil além-Sul/Sudeste. Ela teve coragem de elogiar a estrutura que tem em sua terra (confesso que não tenho informações de como funciona a preparação dela em Teresina, mas não vou questionar a opinião da medalha de ouro), e dizer aos que a ajudaram e que ainda apóiam sua carreira que fica.
Fico feliz porque não deixa de ser um ippon (golpe perfeito no judô) daqueles dirigentes esportivos em geral que ficam lamentando o fato de estarem longe dos grandes centros e dizem “se quiser brilhar tem de sair daqui”. Quem sabe, não é o momento de repensar os conceitos, ter ideias e soluções para fazer os talentos permanecerem onde querem. E, aos poucos, aumentar o rol de exceções em que está hoje Sarah Menezes.

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