Orgulhoso mesmo está o torcedor do Naviraiense



Torcedor é realmente uma caixinha de surpresas. Cheia de emoções.
Vejam o exemplo dos são-paulinos. Até a vitória diante do Atlético-MG, o rosto cabisbaixo, o agüentar das piadinhas, o elenco “rachado”, etc. Depois da classificação, eis que renasce o orgulho, a tal da “camisa pesa”, Jason voltou, etc.
E o que falar do Flamengo? Eliminado do Carioca, bastou uma vitória diante do arquirrival Fluminense e uma goleada diante do Remo do Pará para o técnico falar em nova fase,      que virou a página, e até, que Hernane é seleção (sem dúvida, uma torcida bem humorada).
Outro exemplo são os palmeirenses. Depois do 6 a 2 sofrido pelo Mirassol, a equipe colecionou bons resultados e o verde voltou a ser mais verde.
Isto tudo, é claro, até a próxima derrota. Aí, o time não presta, a diretoria é isso, o técnico  é aquilo outro...

A exceção da semana são os (novos) torcedores que o pacato Naviraiense conseguiu Brasil afora. Ou seriam admiradores? Não, não estou exagerando. Nem vou entrar no mérito da grande imprensa desconhecer a realidade do futebol sul-mato-grossense.
Eis aí dois exemplos de como foi vista a façanha da equipe de Naviraí ao eliminar a Portuguesa-SP.
O primeiro é uma citação de José Malia, do time de blogueiros do site da ESPN Brasil
“Bola de ouro. Naviraiense. Os jogadores do time de MS justificaram o alto investimento do clube, que paga R$ 2.500 de salário, e colocaram a Lusa para dançar o vira na Copa do Brasil.”

O segundo vem do muito bom Blog do Paulinho http://blogdopaulinho.wordpress.com/

'Naviraiense/MS dá lição de humildade e faz história na Copa do Brasil'
Em 2010, a equipe do Naviraiense/MS ficou conhecida em todo o país por ter sido eliminada da Copa do Brasil após sofrer goleada de um inspirado Santos por dez a zero.
Três anos depois, o mesmo clube, de maneira surpreendente, eliminou a Portuguesa, em pleno Canindé, empatando em uma a um, após resultado de zero a zero na primeira partida, emocionando não apenas o estado do Mato Grosso do Sul, mas todos aqueles que admiram a essência do verdadeiro futebol.
Sem recursos, a equipe viajou quase mil quilômetros de ônibus, exatos 986 km, para chegar à São Paulo, ontem à noite, véspera da partida.
Para se ter noção da dificuldade, Naviraí fica a 359 km de Campo Grande, principal cidade do Mato Grosso do Sul.
A folha salarial da equipe é de R$ 60 mil no total, com salários médios de R$ 1,2 mil.
Enquanto isso, jogadores como Valdivia, do Palmeiras, que a cada unha encravada fica seis meses sem jogar, ou Denilson, que alegou cansaço com 30 minutos, na última partida do Tricolor, ganham muito mais do que merecem, sendo tratados como reis em clubes de estrutura imensamente maior do que a equipe do MS.
Pois é.
A emoção do Navirainse foi tão grande que o Prefeito da cidade, Léo Matos (PV), esqueceu o protocolo e correu para a arquibancada, gritando e pulando com os torcedores da equipe, também heróis por terem percorrido distancia tão grande para torcer por uma missão que parecia realmente impossível."

E, chega, vou dar um tempo de falar do Naviraiense. Pelo menos até a outra façanha.

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