A seleção brasileira ‘bananalizada’



Era para ser anunciada ontem, mas, talvez com medo de que ninguém acreditasse, por conta do 1º de abril, Luiz Felipe Scolari convoca nesta tarde a seleção brasileira. Quer dizer, não é bem a seleção, porque não poderão ser chamados os que atuam fora do País. O jogo que motiva tal convocação, sim. Será sábado, em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, a pretexto de ajudar a família do torcedor Kevin Spada. Digo a pretexto, pois a CBF anunciou que parte da renda irá para os pais do garoto morto depois de ser atingido por um disparo de sinalizador. A CBF só não disse quanto. E, cá para nós, quando o assunto é dinheiro, todo cuidado é pouco com os cartolas.
Mas, tudo bem, tirando a ainda discutível parte ‘humanitária’, o que sobrará para a comissão técnica avaliar? É o tipo de jogo que até os clubes vão “torcer” para não terem jogadores chamados. Quiçá, até os atletas.
Porque, sinceramente, não vale absolutamente nada. Aliás, amistosos desimportantes estão virando regra, não exceção, nos últimos anos. Vide, o ressurgimento do Superclássico das Américas, em que jamais você verá em campo Messi, Aguero, Di Maria, Oscar, Marcelo, Ramires, Thiago Silva...
O resultado? A torcida vai enjoando da seleção, a comissão técnica corre o risco de sofrer um desgaste desnecessário e, idem, os jogadores. É a “bananalização” da seleção, jogos realizados aos “cachos”. Será a ditadura do Marin?

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