Com pesar, não sei como pesar uma morte



Por que uma vida vale mais do que outras? É assim, no Brasil ou em qualquer lugar.
Em tempos idos, e bota idos nisso, me explicaram, ou tentaram, que a repercussão de um assassinato varia muito dependendo de uma série de fatores. A comoção é maior, me disseram na teoria, quando a pessoa é famosa, ou do gravidade do crime, etc, etc.
Ai, ai, eu não sei. Não sei comparar mortes e mortes. Porque fazem passeata para morte de gente bonita, universitária, classe média ou alta. E para outros, é só um registro. Ou, a mãe chorando no pior estilo sensacionalista.
De repente, depende de quanto mexe com o “público-alvo”. Falar da morte de gente “importante” é chique, tem aquele “ooohhh”. Agora, se for na periferia, é brega, às vezes, motivo de piada, “vixe, mas o coitado já era bem estragado mesmo”.Infelizmente, parece que já está arraigado na mente. Às vezes, quando você menos percebe, já está acompanhando alguma novela da vida real. A lucidez é uma coisa que, muitas vezes, perde de longe para a emoção. Vai entender...
Seilá, é só um desabafo. Talvez esteja exagerando. Realmente, não sei como pesar a morte. 21 gramas? Mais, menos?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aluno com a camisa assinada pelos amigos é bem fim de ano

Dez músicas para Campo Grande no modo aleatório

Tem rap sem palavrão que é bom. Mas censurar palavrão do rap, não.