Cine Campo Grande sai de cartaz
Espaço não resiste à maldição dos cinemas no centro da cidade Saul Schramm/O Estado MS |
Os mais antigos ainda lembram do Cine Acapulco, Cine Santa
Helena. Meu primeiro contato com a sétima arte foi no Cine Plaza e vi Condorman.
Devia ter no máximo oito anos. Também fui uma vez no Cine Center, calmas mentes
poluídas, onde ri com o Mazzaropi, um Caipira em Bariloche. No Cine Alhambra,
lembro que assisti entre outras produções, o filme Duna.
E, agora, o Cine Campo Grande. No qual tive o prazer de ir
em uma das primeiras sessões da sua abertura. O filme: Viagem Insólita, com
Dennis Quaid, Meg Ryan e Martin Short. Era fim da década de 80 e aos olhos de
um garoto de 11 anos a fachada do cinema era de um cinemão. O tempo passou e,
as duas salas de cinema resistindo. No shopping Campo Grande, antes do
Cinemark, também houve duas salas de cinemas. O Cine Hawaí, mas este teve vida
curta. Mesmo assim foi bacana. Lá assisti, na minha opinião, o melhor longa
metragem em desenho animado: Akira.
Porém, a perda do Cine Campo Grande é diferente. Nada contra
e sem comparações às grandes redes, mas lá nas salas de projeção da rua 15 de
Novembro quase esquina com a Rui Barbosa sempre me senti a vontade. Desde
garoto e até pouco tempo levando meu garoto e seus amigos. Com meu filhote foi
a última vez que comprei o ingresso e pipoca baratos, com direito a óculos 3D
para ver Kung Fu Panda 2.
Mais que a concorrência, acho que deve haver alguma maldição
no centro da cidade que decreta a “morte” dos cinemas. Todos os citados, óbvio, exceção ao Cine
Hawaí, foram erguidos na região central. Ao que tudo indica, parece que será
erguido um novo cinema no local do recém extinto. Tomara. Por enquanto, me
recolho no saudosismo e na tristeza de ver a sétima arte perder mais um espaço
na Cidade Morena. Corta!
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