Após o embarque para o Japão, a chance da festa 'corintinuar' é grande


A segunda maior torcida do Brasil está de olho no Japão até o dia 16. E os rivais palmeirenses, sãopaulinos, santistas, entre outros, também. Festa bonita os corintianos fizeram no embarque do time há quase uma semana. E o sonho dos milhões de alvinegros é que o embalo continue representado pelo time e pelos 20 mil que invadirão a terra do Sol Nascente até o fim
desta semana. Fora os imigrantes que lá vivem.
Em Campo Grande, cidade muito influenciada pelos paulistas e que sim, enviou representantes
mosqueteiros ao Oriente, a febre Timão anda mais quente do que o clima. Prova disso é que no começo desta semana fui comprar um presentinho para o meu filho dar de amigo oculto. A sugestão do filhote ao paitrocínio é a de que o amiguinho é corintiano. Pois bem, percorri várias lojas, inclusive estas autorizadas pelo próprio clube para vender um pouco mais cara
roupas e objetos “exclusivos”, e nada. “Vendemos tudo”, ou “talvez na semana que vem chega mais”, foram as respostas mais comuns.
Resultado, “meu filho diz lá para o seu coleguinha que papai e mamãe fizeram um esforço danado, mas não arranjamos nada legal. Leva esta pistolinha que atira água dos Libertadores, ops, dos Vingadores”.
É tudo culpa do Interclubes do Japão. Que, muitos corintianos hão de concordar, é realmente o Mundial. Não aquele de doze anos atrás conquistado em solo brasileiro, que o lateral Roberto Carlos, então no Real Madrid, confessou que eles vieram para passear e conhecer o
país. Título importante sim, reconhecido pela Fifa, mas não como este que começa para valer
quando os comandados de Tite entrarem em campo, quarta-feira.
A expectativa é das melhores possível. Aliás, nunca antes na história deste país as condições
foram tão boas para levantar a taça na terra do saquê, sushi, sashimi, Shakihama (aproveitando este espaço e utilizando um pouco da cara de madeira de lei para uma singela
homenagem aos meus pais). Se no ano passado, havia um time de outro mundo, com o melhor jogador do planeta, desta vez o inimigo a ser batido está em crise e não tem, assim, nenhum cracaço.
O Chelsea que foi campeão da Liga dos Campeões anterior perdeu identidade e trocou de técnico. O melhor da campanha que eliminou o Barcelona na semifinal e foi campeão
em cima do Bayern de Munique-ALE, o marfinense Didier Drogba foi-se. O treinador italiano Di Matteo foi-se. Em seu lugar, há poucas semanas do embarque do time inglês para Yokohama assumiu o Rafa Benitez. Parece sobrenome paraguaio, mas é quase. O espanhol está tendo sérios problemas, pois construiu boa parte de sua carreira em um dos rivais do clube inglês, o
Liverpool. O atual campeão da Liga já foi eliminado e nem poderá buscar o bi. No inglês de Joel Santana, eu diria. “the thing está ugly, hein?!”. Tradução: a coisa está feia, hein?!
Dos outros clubes, admito que possuo poucas informações. Mas, mantenho a opinião que, este ano está menos difícil para o representante da América do Sul triunfar. Sobre o Corinthians dentro de campo, que é o que interessa, deixarei para a próxima coluna. Boa
sorte aos alvinegros. O Timão é o Brasil no Mundial. Ou não?
Só mais uma coisa: Este espaço completa um ano de existência. Que seja eterno enquanto dure. Obrigado a todos, aos colaboradores, e, principalmente, aos chefes que deram esta oportunidade e ao jornal, que chegou aos dois dígitos de existência.

Twitter: @KishoShakihama

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