Um cavalo, a carroça, um homem no Jardim dos Estados. Faltou a foto
Campo Grande, quarta de manhã, eu, a patroa e a criança
em pleno Jardim dos Estados, região mais “chique” da cidade, segundo a opinião
geral. Quase não apareço por lá, minha brejice e meu alto poder aquisitivo me
fazem sentir um estranho por aquelas bandas. Salvo quando preciso levar os bacuri
no hospital que tem no início da Beverly Hills campo-grandense.
Bom, o caso é que fomos lá adquirir um ingresso para um
show em uma loja de roupas, que nem me atrevi a perguntar os preços. Tem nada
não, sou fã das lojas Riachuelo, aliás fui até lá com uma que ganhei, com direito
a etiqueta na manga (que minha esposa, acho que por querer, foi me avisar
somente quando voltávamos para casa). Depois de adquirir o par de entradas (é
nóis na Pista!), eis que na esquina da Euclides da Cunha com a...esqueci o
nome, aparece um cavalo. Carregando uma improvisada charrete cheia de objetos,
telhas de alumínio e, em cima, um homem sem camisa abraçando o monte de coisas.
E, um sol de rachar. Na rua, em pleno
Jardim dos Estados. Sem vergonha nenhuma. Tocando o trabalho dele, sem se
importar com etiqueta, carrão passando ao lado, aquele povo que se acha.
Muito legal mesmo, o cara em uma pose tipo surfe
ferroviário. Na labuta. Iria ser uma “fotaça”. Na hora, lamentei estar sem
máquina fotográfica. Lamentei mais, depois, por não ter clicado a imagem do celular
mesmo. Uma pena. Faltou a foto!
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