Operário cada vez mais, um ilustre desconhecido

Meu irmão mora no exterior. Há uns cinco anos, dei de presente uma camisa do Operário Futebol Clube. Fui na loja, e comprei, até comentei com o vendedor de que a camisa era vendida mais para turistas, como lembrança de Campo Grande, do que propriamente para torcedores. Tudo bem.
Perguntei ao meu brother, se depois do seu retorno ele já teria usado alguma vez a camisa. “Pô, usei aqui um dia e aí, um amigo meu que é de Santos perguntou se era a nova camisa do Santos?! Vê se pode?!”
Fiquei meio decepcionado, embora não posso negar que é até engraçado. Puxa, time que foi campeão brasileiro do Módulo Branco em 1987, semifinalista do Brasileiro de 1977, e possui até título conquistado em cima do Bayer Leverkusen-ALE, cada vez mais cai no esquecimento.
Lógico, ainda há muitos torcedores Brasil afora que ainda tem alguma noção do time que teve Carlos Castilho como grande técnico, e Manga, como grande goleiro, entre outros nomes de destaque do passado. 
Mas, a cada ano que passa, a dificuldade em renovar as lembranças ou recolocar o Galo de Campo Grande no cenário nacional se complica.
No domingo (13), mais um capítulo desta história foi escrito. Jogo-chave para a classificação rumo à pouco atrativa, mas necessária, Primeira Divisão do Sul-Mato-Grossense, o time perdeu por 3 a 1 para o Ubiratan de Dourados. Em pleno Morenão. E, com direito a confusão lamentável nas arquibancadas. Triste retrato dos campeonatos organizados pela federação e seus filiados. Em todos os sentidos e campos. O público divulgado foi de 494 torcedores, sendo que mais da metade não-pagantes (261). A renda de R$ 2.100. Dá para acreditar? 
A solução é mandar técnico embora? Tentar pagar o elenco? Culpa é de quem? 

Ainda há chances de subir. Mas, ficou bem mais difícil. Enquanto isso, resta a lembrança. Ou a lambança.

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