Federações de pires na mão. Uma verdade (in) conveniente
Na edição de
ontem do jornal O Estado MS, publicamos matéria sobre federações e entidades
inadimplentes com o governo estadual. Problemas dos mais variados na hora de
prestar contas fizeram com que entidades estejam impedidas de realizar
convênios com o poder público. Questionada, a Fundação de Desporto e Lazer
acredita que não tenha má fé pelos lados dos dirigentes que caíram na “malha
fina”. Alguns admitiram erros, outros lamentaram as falhas dos que vieram
antes, e houve quem discorda da punição, e questiona os critérios da
Fundesporte.
Todo mundo tem
razão. Ninguém tem razão. Um pouco tem, outros não. Algum estudioso da mente
defende que eu, tu, ele, nós, vós, eles (desculpa aí, somente uma singela
homenagem ao Dia do Professor), acreditam no que desejam crer.
Nossa vã
filosofia a parte e, em bom português, acho que o buraco sobre esta questão de
apoio é mais embaixo. Talvez, um pouquinho acima do pré-sal. O problema é a
dependência de todos os esportes, sem exceção, do dinheiro público. “Sem o
Estado fica bem mais difícil. Ainda mais que as empresas em Mato Grosso do Sul
não têm uma política de investir no esporte. Captar recursos fica praticamente
inviável”, disse o presidente da federação de basquete, Luiz Magalhães, na
matéria publicada sexta-feira.
Daí vem o famoso
enigma: o esporte não emplaca de vez porque falta apoio privado, ou falta apoio
privado porque o esporte não emplaca de vez?
Em tratando-se de
Mato Grosso do Sul, a realidade é esta. Pelo menos até hoje. Prefeitura e
governo têm de dar uma mãozinha. Talvez, melhorar a relação e a aplicação dos
recursos, mas as federações não tem outra alternativa. Se bem que, alguns
dirigentes também não fazem muito esforço para encontrar uma segunda terceira
via.
O fato pitoresco é o
Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol ‘Profissional’ deste ano receber por
meio de convênio a módica quantia de R$ 695 mil. Logo a única modalidade, na
minha modesta opinião, que não precisaria desta forcinha.
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