Ruim não só para Fabiana Murer. É para o atletismo brasileiro



Fabiana Murer não conseguiu defender o título mundial. Ficou em quinto lugar, viu a bela Isinbayeva fazer a festa em casa, e chorou. “Fiz o que pude”. Para nós, torcedores, não foi o bastante. Pipoqueira, chorona, e, por aí vai. É lembrada pela vara que sumiu (Pequim-2008), do “medo” do vento forte (Londres-2012).
Não interessa se há dois anos foi campeã mundial na Coreia do Sul. Evento tão sem importância que a lenda Usain Bolt pipocou, ops, no caso dele, queimou a largada na prova dos 100m e ficou longe do pódio. Imagina, Bolt pipocar, capaz.
Fabiana ouro no Mundial de 2011
IAAF/Getty Images
 
Paciência, vivemos em uma democracia (pelo menos eu acho). Respeito, mas não concordo com essa coisa de ou ganha e está no céu, ou perde e não presta mais.
Mais triste não é atuação de Murer, que daqui a três anos, em 2016, vai estar com 35 anos.
O chato é não ver nenhuma revelação, um nada nas pistas brasileiras que tragam um alento. Em toda grande competição, o COB ou a CBAt leva delegação numerosa. E resultados ínfimos.
O recorde brasileiro dos 100m já dura 25 anos. Os dez segundos conquistados por Robson Caetano, no atletismo, é uma “eternidade” se comparado aos 9s58 de Usain Bolt.
A melhor marca brasileira dos 200m completa 14 anos no dia 11 de setembro. São 19s89 obtidos por Claudinei Quirino. Mais de meio segundo distante dos 19s19 de Bolt.
Ou seja, o atletismo tupiniquim literalmente está andando. Quase parado no tempo. Mas, dá nada não, o importante é saber quem será o próximo pipoqueiro. Ou festejar a vinda de um salto “salvador”, como de Maurren Maggi em Pequim-2008.

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