Quer ler e ouvir o que acho de Campo Grande?



Hoje está fácil. Aniversário de Campo Grande, parabéns para a gente e tal. 114 anos, um frio fora de hora, felizmente este ano ninguém passou mal ao acompanhar o tradicional desfile de aniversário devido ao calor.
Poderia falar um monte de coisa, e, desculpa a modéstia, com propriedade. Campo grandense da gema, que saboreia um bom sobá, um churrasco com mandioca, torta paraguaia, chipa, toma um tereré, fala com aquele sotaque quase (?) caipira com o erre arrastado.

Um povo que é estranho. Que ama falar mal da onde mora e odeia ouvir alguém falar mal da cidade. Que se acha, gosta de se mostrar, mostrar que pode, é chique, mas ao mesmo tempo não se faz de rogado em lotar os parques em busca de um bom programa gratuito. E, geralmente, na paz. 
Que tem a intimidade de chamar Campo Grande pelos apelidos. Cidade Morena, Campão, CGR, e Big Field. Este último não gosto muito não. Na boa, detesto mesmo é CG. “Culpa” de um ex-chefe que tive há muitos anos, que vetava escrever CG nas matérias. “CG é nome de moto!”. Pronto, fiquei com esta até hoje. Bom, chame do que quiser. A intimidade é uma coisa sinistra mesmo. Quem mandou se tornar tão próxima da cidade assim, não é?!

Eita pêga, poderia ficar falando um monte de obviedades que aparecem com mais força nesta data. Mas, vou preferir ouvir... e, talvez não agradar a muita gente. Fiz um esforço de memória audiotitiva para elencar dez músicas/músicos que fazem lembrar a aniversariante deste 26 de agosto. 

A lista em ordem de lembrança e não de importância
1 Dire Straits – Vai me dizer que nunca ouviu de noite pelo menos uma música desta banda. Só hits: Money For Nothing, Walk of Life, Brother in Arms.

2 Helena Meirelles – Além da música, tem um lance sentimental. Saudades dos shows, de seus causos, e de suas entrevistas. “Vá com deus meu filho”, assim sempre encerrava as conversas.

3 Almir Sater – Ah, às vezes chamo ele de Almir Chater. Mas, é mais para encher o saco. Não o conheço, mas musicalmente em Campo Grande o cara é hour-concour.

4 Psycho Killer – A música é do Talking Heads. E, na boa, considero um fenômeno a canção ter feito tanto sucesso em Campo Grande.

5 Falange da Rima – Corcorã, Magão e Cia. A música Circo dos Horrores é um clássico do rap local.

6 Mochileira – Música regional de muita qualidade. Hoje em dia é até hit em barzinhos pois, ela é tão bacana, que para ficar ruim tem de ter um cantor de qualidade bastante duvidosa.

7 Vida Cigana – Clássica. Tão clássica a música que uma vez ouvi em um taxi em Sâo Paulo (SP), e, cara, fiquei emocionado.

8 Labaredas – Se não falha a memória a composição é do Guilherme Rondon. Se não for desculpa. Difícil de esquecer também, a maldita vez que um amigo disse. “Kishô, esta música é legal, mas de tanto o Zé Geraldo cantar eu enjoei rsrsrs”. E eu que só queria gravá-la em um pen drive. De preferência, na versão original.

9 Mercedita – Alas, fruto da influência da fronteira. Mercedita é muito louca. A música tem um astral tão doido, que, minha esposa, que é cuiabana, se diverte quando ela é tocada em algum espaço público. “Agora, o pessoal vai começar a gritar ‘Iiiirrrra!’. E, pior que acontece mesmo.

10 Mostarda – Pô, Cebola no vocal sempre é demais. Sou suspeito, a banda Os Impossíveis é para mim a melhor banda que tem ou teve, seilá, em Campo Grande. Pena que fiz um esforço danado para estar na gravação do DVD ao vivo. E algum doido roubou o HD da gravação do show. Mas, sem problemas, o mais importante é debater a pergunta que não quer calar: “Quem derramou mostarda na minha camisa branca”.
 
Sim, é de gosto discutível. Dê uma olhada, e se quiser ouça, sugira, comente, critique, seilá. Divirta-se neste campo grande democrático de opções. Que bom! Feliz aniversário a todos.

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