No banco, a minha senha é: quem não chora, não é atendido

Tem certas coisas que não pegam no Brasil. Uma delas é a tal do tempo máximo para esperar na fila do banco. Pelo menos comigo, é complicado. Pode ser puro azar. Se for, tenho azar sempre que vou à qualquer instituição financeira.

Um exemplo disso aconteceu nesta semana:

Primeira tentativa – Tentei acessar o saldo via telefone. Na quarta tentativa, veio a frase maldita:  ‘Senha bloqueada. Favor dirigir-se a um dos terminais de auto-atendimento ou à sua agência”

Segunda tentativa – Lá vou eu e minha filhota ao banco. Depois de ter de falar duas vezes a minha conta a funcionários diferentes, me mandam falar com os atendentes que ficam naquelas mesas. Detalhe, pergunto ao funcionário, antes de pegar a senha, se iria demorar. “Não tem ninguém esperando para ser atendido. Vai ser rapidinho”. E, não é que acreditei? Minutos, dez minutos, 30 minutos, deu a hora do meu serviço. Passou da hora de entrar no serviço. E a filhota dando sinais de fadiga. Tive de ir embora. Detalhe 2: o senhor do “vai ser rapidinho”, quando me viu simplesmente deixou o seu lugar e foi para outro setor. Será que ele percebeu a minha calma em esperar agradavelmente e não ser atendido?

Terceira tentativa, agora vai! – Hoje, 11h10 da manhã. Junto com a minha mini-fiel escudeira, let’s try again. Pelo menos desta vez ,nenhuma boa alma veio com palavras de esperança. E, começa a odisseia. 11h20, 11h30, 11h40, 11h50. E, o meu alarme, ops, a minha filhota, não agüentou e... buááá. Pensei, vou esperar até meio-dia, pois sou nipo-brasileiro e (não) desisto quase nunca. Eis que às, 11h58, ainda faltavam seis números até a minha senha D12 ser anunciada, uma moça sensibilizou-se e pediu para eu me dirigir à sua mesa. Aleluia! Lamentei pelos que estavam antes de mim, mas agradeci muito... a minha parceirinha. Ela fez valer o quem não chora, não é atendido, e, ufa, resolvemos o problema.

Agora, sinceramente, não precisava ser assim né?

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