Eleição e Brasileirão, de uma forma ou de outra, contem com seu voto – Parte final*



Amanhã é dia de segundo turno. Favor comparecer e votar conscientemente. E torcer muito para os eleitos, incluindo também os vereadores, irem bem dentro do campo social e político de suas respectivas cidades.
Na verdade, os eleitores que gostam de onde moram deveriam ser iguais aos torcedores “doentes”. Torcerem muito, mas também cobrarem muito. Quem sabe um dia aconteça isto. Já pensou?
O prefeito, tal qual o presidente de clube, ficaria bem mais atento. Tal área do município não está funcionando corretamente? Dá-lhe pressão sobre o secretário. Se não aguenta, pede para sair. Ou que seja nomeado alguém para seu lugar. Como se fora campeonato, houve avaliação nacional, digamos, sobre a condição da educação, e a cidade ficou entre os “lanternas”, cobrar explicações e soluções é preciso. Sem essa de operação abafa ou fingir que nada aconteceu. Em último caso, vale até protesto contra o prefeito. Mas que a violência passe em branco, ou seja nula.
Do lado positivo, a mesma coisa. Projeto ou pessoa física ou pessoa jurídica está brilhando nos campos além das nossas fronteiras, tem de ser valorizado, sem medo de ser feliz. Até porquê, tal qual se falava na época do ex-jogador Edmundo, todo animal precisa de carinho.
Quem sabe um dia, né? Sonhar, assim como votar, não pode custar nada. Do mesmo modo que
temos milhões de técnicos de futebol, já pensou milhares de especialistas em debater no campo
da política? Tudo, é claro, na base do fairplay.
Porém, entretanto, todavia, o interesse na maioria das vezes só aflora de dois em dois anos. Depois arrefece, a ponto de o eleitor torcedor não saber em quem escalou, ops, votou no último pleito. E facilmente se apoiar na cômoda situação de que, “político é tudo igual”. Tudo bem, tal como técnicos de futebol, muitos deles parecem não se esforçar para mudar esta situação. Mas assim como os “professores” à beira do campo, há os que fazem jus ao descrédito geral e os que são, pelo menos, acima da média.
Está bem, é pedir demais tratar futebol e política com o mesmo grau de importância. Ou de paixão. É possível política no futebol, mas nem tanto haver futebol na política. Ou não?
É mais fácil tirar um “pé duro” de um time do que sacar um mau político de seu cargo. E, o arrependimento em votar errado é monstruosamente maior.  Seja como for, a bandeira do voto consciente estará sempre levantada em posição de impedimento contra gols na democracia.
Falando de segundo turno, mas agora o do Brasileirão, só uma tragédia tira a conquista do Fluminense. Líder favorito em qualquer pesquisa, só uma grande escorregada na margem de erro para o Tricolor Carioca não ser eleito o campeão deste ano da Série A.
Já Palmeiras, Sport-PE, e Bahia hoje estão em um empate técnico para escapar da Segundona. A luta, longe de ser bastarda, é inglória. Aliás, como a eleição não sai da minha cabeça, já pensou se tivesse rebaixamento para candidatos menos votados? Iria, ser, no mínimo, interessante.
* O título deste texto faz alusão à coluna publicada no dia 6, véspera do primeiro turno.

twitter @KishoShakihama




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