Bernardinho fala em novos jogadores. E novos técnicos?


É difícil largar o osso, ops, a seleção
André Bittar Falcão/O Estado MS

Bernardinho esteve de passagem em Campo Grande para, digamos, engordar um pouco mais sua conta bancária por meio de palestras. Há 11 anos à frente da seleção masculina de vôlei, o carioca de 53 anos conversou tranquilamente com a imprensa local, sem estrelismos e admite já estar na cabeça na Olimpíada do Rio-2016.
Entre suas prioridades, está à caça de um novo líder dentro de quadra para guiar o time. Sem Giba e Serginho, o técnico aposta na nova safra, em novos nomes para faturar o ouro olímpico. Muito bem, muito bom. Mas, perguntar não ofende: Não está na hora dele deixar a fila andar? O mesmo serve para o do vôlei feminino, José Roberto.
Na semana passada, em Três Lagoas-MS, o técnico do Vôlei Futuro-SP, Cezar Douglas, elogiou o trabalho da dupla José Roberto e Bernardinho, mas fez uma ressalva: “existem nomes à altura”. Indiretamente, o treinador da atual vice-campeã da Superliga masculina se pôs a disposição.
A questão merece uma discussão maior por parte da CBV. Porém, só acontecerá se as seleções naufragarem na Cidade Maravilhosa. Lógico, toda sorte a eles. A tentação e a chance de se consagrarem pesam muito, assim como aos dirigentes, é muito mais seguro e cômodo a permanência da dupla. Mas, caso não atinjam o objetivo da exigente torcida brasileira, não vou aderir ao discurso pronto de que a dupla está ultrapassada e encampar bandeira pela saída.

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