O time do Goiás é a “vergonha” do Centro-Oeste no futebol. E o Luverdense-MT vai pelo mesmo caminho

Em casa e em conversa com os mais próximos, brinco ao dizer que o Goiás é a “vergonha” do Centro-Oeste do futebol brasileiro. Por quê? Ora, pois, todos os times do Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e até do estado de Goiás chafurdam nas séries B, C e D dos campeonatos nacionais. E aí vem o clube esmeraldino contrariar a lógica. Não pode, está errado, como pode ousar ser contra a mesmice do nosso futebol?
No último domingo (27), eis que outro clube ousa também contrariar a ordem natural das coisas. O Luverdense, da pacata Lucas do Rio Verde de Mato Grosso, garantiu o acesso ao Brasileiro da Série B. Alô, alô cartolas, protestem, mobilizem! Dirigentes das federações, aproveitem quando o dia 6 de dezembro chegar, lá na Bahia, onde vocês vão “turistar” com todas as despesas pagas. Com tudo pago pela CBF (ano que vem tem eleição na Confederação, mas isto é mera coincidência), confabulem e façam Goiás e Luverdense serem punidos! Centro-Oeste unido,Série A jamais!
Em Mato Grosso do Sul, ao contrário de Mato Grosso e Goiás, o processo “orgulho de não ser Série A e nem Série B” é um sucesso desde 8 de abril de 1992, data em que o Operário perdeu para a Ponte Preta-SP por 1 a 0, em Campinas, na última rodada da Segundona daquele ano. Dali em diante 21 anos de trabalho bem executado e digno de palmas aos que merecem.
No futebol sul-mato-grossense, desde a criação do Brasileiro da Série D, jamais algum clube do Estado passou da primeira fase nas cinco edições disputadas. Bela campanha também nas categorias de base. Na história da Copa São Paulo de Juniores, o desempenho se repete e chegar à fase de mata-mata para times de Mato Grosso do Sul é ainda objeto de desejo.
E, para que mudar em times que estão perdendo? Ops, em dirigentes e clubes que estão ganhando? Qual o motivo de você ousar a tentar fazer a coisa errada para contrariar os que se gabam de realizar um bom trabalho dentro do Estado? O que te faz questionar o árduo trabalho feito no nosso futebol tão transparente quanto uma nota de três reais?  Para que sonhar, ou melhor ter o pesadelo de um dia ter de volta jogos com os times da Primeira, ou mesmo, da Segunda Divisão do nosso futebol (diga-se de passagem também com administrações “dignas” de nota)?
Clap, clap, clap novamente a todos aqueles que se dizem orgulhosos de trazer ou ajudar a receber um jogo da Série A. Sabe como é né, melhor ter uma partida do Brasileirão a cada biênio, do que ter 20 jogos válidos pelo Nacional da Série B. E, vamos que vamos que o negócio é correr atrás do prejuízo. Literalmente. Correr atrás do lucro é só para alguns.

Sobre o español Dieguito Costa: Felipão, por que ‘no te callas’?

Respeito o técnico Luiz Felipe Scolari. Mais pelos seus títulos e, muito menos pelo seu estilo/comportamento. Como na entrevista coletiva de quinta-feira, em que classificou como ridícula a pergunta comparando a atitude de Diego Costa em optar em defender a Espanha ao fato do Felipão ter trocado a seleção brasileira pela a portuguesa em 2006. “É ridícula e eu respondo se quiser”.
Tudo bem, foi mal aí. Muito interessante da parte do treinador ao declarar que Diego Costa (ignorado pelo técnico até há bem pouco tempo) “traiu milhares de brasileiros”. O que é isso? O cara vai para a guerra? Se CBF e Felipão são contra jogadores nascidos em um país defender outra nação, que vão discutir com a Fifa, entidade responsável por tal fato ser permitido.  E, não tentar jogar a pressão sobre a costa de Diego. Que expôs sobriamente as suas razões. Ao contrário de Scolari, irritado com uma pergunta que jornalisticamente era talvez a mais importante a ser feita. É, Felipão, se você não quer pressão, que vá trabalhar no Banco do Brasil. Lembram?

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