Brasileiro fala cada vez mais do futebol da Europa. Algo está errado.



Na manhã de quarta-feira, meu pai como de praxe subiu ao apartamento para tomar o cafezinho de cada dia, feito por quem manda lá em casa e, óbvio, não sou eu. E o velho já vai perguntando: Hoje tem jogão né?! E eu pensando em qual jogo, afinal tinha Libertadores, com Corinthians, Grêmio, Copa do Brasil com Flamengo, Inter-RS, Cruzeiro... Mas, não, ele mesmo responde: Está difícil para o Barcelona.
Realmente, é o sinal dos tempos: Assim como meu pai, diga-se de passagem que não é nenhum fanático por futebol, muitos falaram muito mais dos jogos da Copa dos Campeões da Europa do que seleção, e os times brasileiros.
Antes, as emissoras e os jornais se esforçavam em chamar os jogos apelando para os brasileiros que jogam na Europa. Hoje, já não precisa mais. E nem se fala em Messi ou Cristiano Ronaldo, mas nomes como Robben, Ribery, Benzema, Lewandowski, José Mourinho e por aí vai. Acrescente também a qualidade dos estádios, a organização e até aquela musiquinha clássica da Champions (quem quiser me enviar umas Heinekens, esteja á vontade).
Pode ser apenas uma febre passageira vinda do Velho Mundo. Ou sintoma de que o futebol tupiniquim, principalmente a seleção, anda bem em baixa dentro e, principalmente, fora dele. Torço para que o primeiro motivo seja o mais apropriado. Mas, temo que a segunda opção esteja ganhando corpo.

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