Final da Sul-Americana e o 'direito' de escolher quem pode assistir ao jogo
A partida valia muita coisa.
Ou não? A final da Copa Sul-Americana envolvia um time brasileiro. “Ah, era a
Ponte Preta (quem?)”. O título do jogo realizado em Buenos Aires definiria o
último classificado do país para a Libertadores da América. “Ah, mas não é
nenhum time grande”.
Puxa, depois dizem que
brasileiro gosta de futebol. Infelizmente, acho que o torcedor só gosta do time
dele. Ou, pelo menos é o que pensa quem detém os direitos de transmissão para a
rede aberta.
Uma pena. Enquanto esta visão
de que o que é bom para um Estado não é bom para o outro, a coisa vai mal.
Ou, quando acontece algo de
ruim, acontece porquê só poderia ser no futebol paulista, carioca, nordestino,
sul-mato-grossense, etc, o futebol perde uma grande chance de fazer com que o
torcedor “areje” a cabeça. Ou pior, nem tem a possibilidade de ver um pouquinho
e mudar de canal.
“Ah, mas ninguém quer ver este
jogo. Não dá audiência”. Pode ser, pode ser. Só faço duas interrogações, então. Primeiro, se
não dá ibope ‘nacional’ (pois o jogo foi transmitido para São Paulo), porquê
reservar no dia seguinte, boa parte do telejornal, jornal, imprensa em geral
para falar sobre o jogo e suas conseqüências? E, segundo, querendo ou não, a
tevê é uma concessão pública. Ou seja, até que ponto o futebol cumpre este “papel”?
Ou cumpre em certas horas, e não vale para outras ocasiões (como a de ontem à
noite)?
Ou, pior, o brasileiro está gostando
cada vez menos de futebol? Será?
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