A roda-viva da violência nos estádios

Olha, vendo e revendo as imagens da porcaria que ocorreu nas arquibancadas da Arena Joinville-SC, confesso meu sentimento de impotência. Aquela sensação de ver cenas semelhantes desde que comecei a acompanhar mais atentamente o futebol, ainda garoto no começo da década de 1990, e não poder fazer nada para acabar com isso.
E, não é só nos “grandes” centros. Já vi porrada perto de mim, no Morenão, em Comerário, ou envolvendo “torcedores” do mesmo time. Com mais ou menos sangue, mas sempre com duas coisas em comum: impunidade e participação de pseudo-torcedores.
Nessas horas, você vê um monte de entendido a falar como se tivesse um rei na barriga, desde opiniões mais abalizadas. As razões, os motivos são os mais variados: culpa das organizadas, culpa da polícia, culpa dos clubes que financiam esses “torcedores”, culpa da sociedade, e por aí vai...
Olha, o que aconteceu em Santa Catarina vai ter o mesmo fim do que aconteceu em Oruro, em Brasília (em vários jogos da Série A), e até em campos dos estaduais, em Coxim, Campo Grande, e Ivinhema. Ninguém punido efetivamente, ninguém preso e, vamos que vamos até os próximos lances dignos de ignorância e selvageria.
Só quem não esquece são os familiares dos que levam a pior. Aliás, os pais podem até, tentarem esquecer para evitar mais sofrimento. O problema é se o filho “valentão” vai deixar barato. Não, vai ter volta. O vulgo torcedor vai voltar a se juntar novamente aos “amigos”, vão vestir camisas com a mesma estampa com as cores do time que torce (?) e planejar o troco. Vão brigar, dentro ou fora da arquibancada, um ou outro pode morrer ou quase, algum pai ou mãe vai chorar, ninguém vai ser punido, nenhum clube que banca este tipo de gente também não será atingido, o assunto será esquecido...até quando? 

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