Desculpaê, Atlético-MG e afins. O melhor de ontem foi o handebol
Uma pena, o Atlético-MG. Ronaldinho
parecia impotente com o que via. Não que ele tenha jogado bem, “só” fez o gol,
mas, o problema é que todos jogaram mal. O Raja Casablanca, que não tem nada a
ver com isso, fez (quem diria) o dever de casa. E, agora, alegremente vão
adorar ser vice-campeões. Ao time de Cuca, resta apenas o consolo de tentar
terminar de maneira digna o Mundial. Embora, não sei se o time chinês seja mais
fraco do que os marroquinos.
Posto isso, quero mesmo é falar
sobre o handebol feminino. Isto sim, uma pena o jogo não ter sido transmitido
em rede aberta. O negócio é o seguinte: a seleção brasileira ontem fez história
ao pela primeira vez chegar ao top-4 do Mundial. Um jogaço, ontem, com a
Hungria, terceira colocada do Europeu. Duas prorrogações e após 80 minutos de
tirar o fôlego, as brasileiras comemoraram a ida para a semifinal.
A melhor jogadora de handebol em 2012 foi brasileira, e muita gente nem sabe |
Comandadas por um técnico
dinamarquês, Morten Soubak, considerado um dos melhores do mundo, e com uma
equipe bastante equilibrada, a ponta Alexandra, eleita a melhor do planeta em
2012, é a cereja do bolo deste time.
O Brasil é o único país no
Mundial que acontece na Sérvia entre as oito melhores, que não é européia. E,
agora, encara a Dinamarca para tentar fazer mais história ainda. Se não der, a
missão já está cumprida. Tudo bem, aí vem os comentários “só nessas horas que
lembram deste esporte”, ou “isso aí
(handebol) era coisa da gincana da minha
escola”. Falo por mim, menos pior escrever algo agora do que não escrever nada
sempre. E, desculpe, eu gosto de handebol. Desde a escola até hoje.
Parabéns ao handebol brasileiro.
Que, um dia, tenha espaço digno nas telinhas e amplie o leque de modalidades
nos corações tupiniquins. Futebol, eu sei, é intocável. Mas, para um país que
diz pretender ser olímpico, é preciso olhar, aprender e/ou respeitar os outros
esportes também. Ou parar com este discurso e assumir que o importante é o
futebol. E o resto é resto. Será mais verdadeiro.
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