No Carnaval, gostaria de ter um ‘interino’ no lugar


Texto publicado na edição de sábado (9) do jornal O Estado MS


Não sei se sou bom da cabeça, mas doente do pé certeza, e você? Se estiver lendo estas mal digitadas linhas em plena época de Carnaval, deve ser também. Ou não? Mas como alguém tem de trabalhar neste feriado, seja escrevendo, cuidando carro, isopor em cima do ombro, catando latinha, multando com o etilômetro na mão,  vamos à labuta.
No Sul-Mato-Grossense, alguma dúvida  de que, com a chegada de um diretor de futebol, o técnico iria cair? Assim, Mirandinha foi-se. Só uma questão? Se o novo técnico, Fábio Giuntini, tinha o “perfil” desejado pela diretoria, porque não contratou antes? Sinistro, muito sinistro. Entretanto, já diria o boleiro, é mais fácil trocar uma peça, do que o elenco inteiro. Seja como for, boa sorte ao Colorado.
Mais uma rodada no Estadual e parece que o Cene já tem a sua vaga garantida, e com sobras. Aliás, em uma chave de sete times, em que classifica quatro, difícil é ficar de fora. Mais fácil que isso só pagar para entrar em curso de Medicina. Falando no Amarelão, camisa de gosto
duvidoso utilizada no último sábado, hein?! Nem amarelo, nem azul, coisa estranha. Falando em vestimentas, constava na parceria com a Fundesporte, a contrapartida dos clubes em estampar o logotipo do governo do Estado no uniforme? Se sim, pelo menos Cene e Novoperário “esqueceram” deste detalhe. 
No grupo do Interior, a saga dos empates continua. Isto sim é que são jogos de compadres. E o lanterna Águia, negra? Menos mal que até a Copa do Brasil, no mês de abril, quando o time em seu ninho encara o Bragantino, equipe do interior paulista, ainda há tempo hábil para não dar vexame. Já o outro
representante do Estado no torneio nacional parece  estar melhor das pernas.
O Naviraiense está a apenas dois pontos do líder de seu grupo, o Ivinhema. Quem sabe não consegue segurar a Portuguesa em seus domínios e forçar o jogo da volta no Canindé, na capital paulista. Diante de tantas incertezas, definido está que os jogos da primeira fase  da Copa do Brasil serão em Rio Brilhante e em Naviraí.  E, não mais no Morenão. Sábia decisão, pois o risco de um fracasso de público, assim como em 2012 com o Cene e o Aquiduanense mandando suas partidas em Dourados, seria de 99,9%. Ruim para a Capital, que fica mais um ano sem receber um time de primeira do cenário nacional, e até de segunda.

A reestreia do Felipão não foi uma Brastemp. E daí?
Salvo o fato de que o técnico Luiz Felipe, o Scolari, passava longe dos meus favoritos a assumir a seleção brasileira, a derrota para o país do Deus Salve a Rainha não pode ser vista como uma tragédia.Menos pior perder para uma equipe de tradição, em um clássico, do que golear seleções fraquinhas,fraquinhas.
Ronaldinho Gaúcho perdeu pênalti, Neymar esqueceu que o jogo não era do Campeonato Paulista, idem Paulinho, idem Arouca, iptu, ipva... opa, foi mal. Foco, foco! A meta, como disse Carlos Alberto, o Parreira, é a Copa de 2014. “Tenho tudo planejado até o último dia do Mundial”, alardeou o coordenador-técnico da seleção. Aliás, este realmente chegou para arrumar a casa. Será que ele não faz uma planilha para o meu “pranejamento”? Mal consigo traçar o que vou conseguir fazer no mês que vem, imagine na Copa.
Só para finalizar, as impressões do primeiro jogo da “Família Felipão – Parte II”: Júlio César foi bem, Fred  melhor que o Luis Fabiano, até o Dante, que não é o do Inferno (alías, vale muito a pena decifrar o, talvez, tão desconhecido quanto o zagueiro, a Divina Comédia, clássico da literatura mesmo), tentou fazer a sua parte.
Acho que por hoje, já deu. Você ainda está lendo? Ah, vai carnavalizar. Se não é a sua, tem carnarock, internet, DVD, cinema, retiro. Matinê, estamos aí!

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