Morte na Libertadores, complicado ser lúcido nessas horas
Complicado
é manter a lucidez em um caso desse. Lógico, acho eu, o torcedor não foi até a
Bolívia para fazer o que fez. Mas, igualmente óbvio, que, se em São Paulo, o
sinalizador é proibido nos estádios, por alguma razão deve ser.
Complicado
é defender que o clube tem culpa, alegar para isso que o ato foi isolado. Igualmente problemático, é negar que clube e torcidas organizadas do time.
Complicado
é incentivar o meu filho de oito anos a gostar de futebol depois de um episódio
desse. Nada complicado é saber que violência nos estádios e fora dele afasta
sem nenhum esforço toda tentativa de levar a minha família a ver um jogo de
futebol.
O
simples é afirmar que uma punição exemplar e equilibrada deva ser aplicada.
Seja ao clube, seja à torcida e ao torcedor que provocou a tragédia. Muito,
muito difícil é saber como pesar a vida de um garoto de 14 anos. ‘Trocaria o Mundial
pela vida do menino’, disse Tite. Ás vezes, é melhor ficar calado. De luto.
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