Não precisei ver o Eusébio em campo para saber que ele foi craque

Certa vez li algo do Machado de Assis, não lembro se foi conto ou crônica. A parte que me marcou foi: “não preciso ir a uma guerra para saber que ela é ruim”.
Lembrei do genial escritor ao pensar em algo muito mais leve. Porém, também com pesar. A morte do ídolo português Eusébio. Nunca vi ele jogar, mas não precisei para saber que ele foi muito, muito bom. Aliás, sinto pena de não ver a Pantera Negra desfilar o seu talento em campo. O que mais sei do talvez único nome que faz os portugueses pensarem em rivalizar com o de Cristiano Ronaldo,  é que ele comandou a seleção lusa na vitória por 3 a  1 sobre o Brasil na Copa de 1966. Demorou para desapegar do imaginário criado em solo brasileiro: o de que o time canarinho perdeu porque Pelé foi cassado em campo. Alvo de tantas faltas, que, é verdade, saiu carregado de campo. Esquecem de dizer que futebol é coletivo. E, que, mesmo assim, o tal Eusébio marcou dois gols na então bicampeã do Mundo.
Mania de brasileiro de achar culpados. E ao mesmo tempo não valorizar o adversário. Mas, tudo bem, Eusébio é maior do que isso. Imagina levar o Benfica ao título da Liga dos Campeões da Europa. Ou fazer Portugal terminar em terceiro lugar em um Mundial. Façanha que os lusos só voltaram a chegar perto 40 anos depois, em 2006.

Ainda bem que existe tevê e internet. Vou ter de tempo de ver o “Rei” para os portugueses. Obrigado Eusébio

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