Chegou a hora de dar um rolezinho pelos Estaduais

E lá se vão 32 dias desde que o Atlético-MG conseguiu perder para o Radja Casablanca, do Marrocos, e decretou o fim da temporada de futebol brasileiro em 2013. Nem vou entrar no mérito do Brasileirão, o campeonato que não terminou.
Neste sábado, começa para valer o ano de 2014 no futebol tupiniquim. Quer dizer, mais ou menos. Alguns estaduais, como o Potiguarzão, o Baianão, o Cearensezão já estão em andamento. Ah, mas agora é que começa o Cariocão, o Paulistão, Gauchão, o Mineirão! Puxa, que legal. Ainda mais colocando este monte de ão para deixar os torneios deficitários do jeito que estão com ar de gente grande, importante. E o Sul-Mato-Grossense? Temos de investir nisso. Aceito sugestões: Sul-Mato-Grossenssezão? Matão do Sul? Cezarião? Por favor, tudo na esportiva, porque o fair-play é preciso. O resto a gente corre atrás.
Na modestíssima, mas nem tanto, opinião, a coisa vai começar a ficar séria mesmo a partir do dia 29, quando o Atlético-PR vai a Lima enfrentar um Sporting Cristal do Peru, pela pré-Libertadores. Aí sim, hein?! Até lá, os principais estadualzões estarão com os times mais entrosados e os jogos com um nível técnico melhor.
Porém, como tem muito doente que anseia por uma injeção de ânimo para ver um futebolzinho na tela, os torneios por estados servem de alento. Vamos encarar como uma preliminar do que vai vir depois. As coisas podem até parecer simples para quem está na poltrona ou na arquibancada. Mas, para dirigentes, técnicos e jogadores, a coisa é séria.
Já disse certa vez por aqui: para os times grandes, as partidas no estadual só servem para dor de cabeça. Por exemplo, se  Palmeiras, Santos, Vasco, Botafogo e Fluminense ganharem seus jogos de hoje, aos olhos da maior parte da torcida não farão mais do que a obrigação. Agora, se perderem e feio para os esforçados figurantes Linense, XV de Piracicaba, Boavista, Resende e Madureira, o risco das primeiras críticas do ano aparecerem pintam em cores vivas. Não importa se os times estão desfalcados, que os titulares ainda estão fora de forma, que choveu, que aquele reforço não chegou. O tropeço diante dos pequenos é inadmissível. Viu, que beleza são os estaduais para os clubes da Série A e alguns da Série B? Poderiam muito bem estar se preparando com mais calma, quem sabe entrar em uma fase mais avançada no Estadual com um futebol mais vistoso, planejando com mais calma a disputa da Copa do Brasil, da Libertadores, competições bem mais importantes. Mas, não. Os cartolas devem adorar que seus times vivam perigosamente, que os técnicos se virem para armar as equipes e que os jogadores dêem conta do recado. Do contrário, joguem os “culpados” aos leões, os torcedores.
Ainda bem que este problema passa longe do Estadualzão do Mato Grosso do Sul. Os times são nivelados, os grandes deixaram de ser grandes há algum tempo, o maior colecionador de títulos (Operário) tampouco consegue submergir do limbo da Série B Sul-Mato-Grossense, e, como atestado pelo técnico do Comercial, Amarildo Carvalho, sem atrações e carente de promessas dentro de campo. Pois, fora dela, há quem defenda que está tudo uma beleza. Quem ama o feio, bonito lhe parece.
É isso aí, boa sorte a todos.

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