Da Copa júnior ao abominável Rubinho das Neves, o oportunismo e os oportunistas
Você sabia que
estamos a 15 dias do início do Campeonato Sul-Mato-Grossense? E daí, né? Se os
estaduais dos principais centros do país já não são mais os mesmos, imagine o
nosso sofrido e combalido futebol “profissional”. Imagine na Copa. Não, não é o
Mundial 2014, movido a oba-oba de quem gastou uma grana para exibi-la, e com os
figurões com medo da Fifa, pelo atraso das baratinhas obras baratinhas, e dos
protestos. Disto, até o senhor Blatter sente um medinho.
Estou aqui para
falar sobre a Copa SP Júnior, carinhosamente chamada de Copinha. O torneio é
uma espécie de preliminar para as competições de gente grande que vem por aí.
Jovens com até 19 anos distribuídos em 104 equipes. A maioria deles vai lutar
não só pelo título (sério?), mas, pela sobrevivência de sua carreira.
Se brilhar no
torneio inchadaço pela Federação Paulista não chega a ser sinônimo de sucesso
daqui para a frente, quem estiver em um time apagadão, feito saco de pancadas, vai voltar para a sua
casinha mais para baixo do que torcedor da Portuguesa.
A crueldade fica
por conta dos “holofotes”. Nesta seca de matérias, é grande a probabilidade de
apontar “craques” que duram uma estação. Ou aquelas histórias com pitadas
folclóricas do garoto que saiu lá de longe (ou seria daqui perto?), encarou
dois, três dias dentro do ônibus, só para participar do torneio. Literalmente,
só participar. Ou você acredita em duendes? Que o garoto mirrado, movido a
somente uns goles de café com leite e um pão com manteiga vai ter forças para
mostrar o seu futebol? Bom, poucos vão se importar. É tudo “pelo sonho de ser
jogador de futebol”. Depois de dois, três dias ninguém mais vai lembrar da
curiosa história do moleque. Só o “moleque”, feliz pelos minutos de fama, sem a
ideia do quanto está servindo de alvo para as matérias “engraçadas”. No melhor estilo circo para os barões. E, se
Aquidauanense ou Guaicurus, nobres representantes de Mato Grosso do Sul na Copinha
conseguirem enfim a inédita classificação para a segunda fase? Lá vai os
cartolas e o pessoal do oba-oba encher a bola. Até a eliminação que repõe as
coisas em seu devido a lugar. E, ninguém discute mais a sério a situação das
categorias de base nos celeiros de fartura. Oportunismo puro.
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