Campo Grande está longe demais dos festivais

Eu fui
Mudança de casa traz sempre um turbilhão de lembranças. Tudo bem, esta foi só a segunda vez que troquei de endereço na minha vida. Exagerei um pouco.
Mas, voltando ao o(caso). Comecei a remexer algumas coisas, em um momento coleta seletiva do que ainda vale a pena guardar, deparei com alguns folders e ingressos. Entre eles, o livreto da programação do Temporadas Populares. Que começou tão bem, com shows na Capital e no Interior. Depois quedou-se somente no interior. Até ser encerrado de vez. Históricos shows no extinto Centro de Convenções M Tavares. O qual eu denominava carinhosamente de Mano Tavares. Até porquê, chamava o festival de Tem Porradas Populares.
Muito tempo antes, lembro de um RockAtiva (acho que era isso). Dois dias de shows no estacionamento do Shopping Campo Grande. No primeiro dia, quem fechou foi o Capital Inicial. No dia seguinte, a qual estive lá, garotão em tempo de colegial, não esqueço o U2 Cover (pois é, não sei se hoje iria em um cover, mas na época, era o que rolava), e depois o encerramento com o Barão Vermelho.
Agora, o festival mais marcante em terras campo-grandenses para este que escreve foi no fim da década de 1990. Mais exatamente 1 de agosto de 1998. Na real, pouco me importava quem tocaria. Aliás, para muitos a ideia era a mesma. A de que o importante era chegar cedo e curtir o máximo das bandas. A edição do Skol Rock era regionalizada. Então dá-lhe bandas “da casa”, de Goiás, de Mato Grosso e do Distrito Federal. Fez céu, fez chuva, um barreiro só em uma área que hoje deve estar loteada para condomínios “nobres”. Mas, valeu a pena. Quem diria, uma das bandas line-ups era Ostheobaldo. Com meus amigos, nem achamos tão grande coisa assim. Apupamos o grupo com o coro de “Os Teoporose!, Os Teoporose!”. Se a memória não falha, os shows finais foram do Barão Vermelho e Titãs. Ah, o vencedor da etapa local foi uma banda local (não vou chutar o nome, acho que foi O Bando do Velho Jack), que com todo respeito, não agradou uma boa parte da molecada, mais interessada em abrir roda de pogo ou bater cabeça. Só sei que teve uma banda do DF que, ao passar o som emendou um Rage Against The Machine. Puts, merecia ter ganho na nossa ótica nada parcial de quem gostava e gosta de um bom som porrada.
Já estou ficando empolgado. Ah, daria um post à parte. Chega.
Era só para dizer isso. Hoje em dia, lamento estarmos tão longe destes acontecimentos.
Parafraseando os Engenheiros do Hawaii (que nem sei se agradaria o público alvo lembrado).
‘Campo Grande é muito grande, e tão pequena 
Estamos longe demais dos festivais'

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