Ainda não inventaram a tecnologia que delete a saudade de pai
Nunca fui um entusiasta das
novas tecnologias, embora o processo é irreversível e sabendo usar não vai
faltar (caraca, essa foi horrível). Hoje, acho que uso bastante em comparação a
mim mesmo, e, as vezes, dá uma vontade de detonar tudo e deixar de lado redes
sociais e afins. Mas, sei lá, está tudo misturado, fontes de trabalho, twitters
que eu preciso (per)seguir, amigos que moram longe, familiares também. Desisti
da ideia. O jeito é usar com moderação para não ser pego por algum “bafãometro”.
Só decidi que se eu entrar em outra rede, vou limar uma que tenho, e assim
sucessivamente.
Mas, especificamente hoje, dia
23 de janeiro, a minha revolta/tristeza/constatação/seja lá o que for com as tecnologias
cada vez mais novas é de que nenhuma consegue aplacar, pelo menos no caso deste
que escreve: a saudade. Outro sentimento que difícil de explicar.
Meu filhão está desde o fim de
2013 (dá um tom mais dramático, não?), passeando com parte da família lá pelas
bandas de São Paulo. E, desde então, recebi e mandei várias frases, carinhas,
fotos, mensagem de voz. Tudo muito legal, certeza que ele está bem e se
divertindo. Mas, no fundo, os gestos a distância geram os mesmos efeitos de que
se fossem gerados via sinais de fumaça. Falta algo, alguma coisa, obviedade que
a gente tenta ludibriar: a ausência de ver a pessoa em carne e osso. Nenhum som ou imagem vai resolver a
infaltabilidade do ser aqui em casa. Ou do meu lado, ou perto de mim, até onde
a vista míope e glaucomática alcança.
Enfim, a saudade é soda. Sem
contar a fruta ansiedade de saber que o doidão está voltando.
Hoje, vai ser difícil manter o foco. Boa
tarde/noite à todos. Chega logo este avião, baralho!
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