O problema não é o Massa. É o automobilismo brasileiro que roda, roda, roda...
E, Felipe Massa foi-se. Menino
bom, esforçado, mas correr mesmo ficou devendo. Pelo menos dentro da pista. É duro
reconhecer, mas hoje ele não está no mesmo patamar que Vettel, Hamilton, Alonso,
Raikkonen e, talvez, até do Button e do Rosberg.
Espero que dê a volta por cima
e esteja em 2014 pelo menos na categoria. Correr por título, seria um devaneio
tão grande que só o bafômetro entenderia.
Assim, o Brasil multicampeão
com Fittipaldi, Piquet e Senna, corre (sem trocadilho) o risco de ficar sem
alguém no grid de largada em 2014 vestindo um capacete com cores de gosto
duvidoso e querendo homenagear o país tupiniquim.
E, por quê? Brasileiro gosta
de carro. De velocidade. Tudo bem, alguns acham que rua é circuito e exageram.
Mas, ainda tem uma parcela grande que gosta de Fórmula 1. O problema não é o
Massa, nem foi antes o Rubinho, muito menos o Nelsinho (Piquet, tá?), nem o
Bruno Senna.
O xis da questão é não ter
nada que renda frutos dentro do território nacional. Assim como na maioria dos
esportes, desde a década de 1970, o país só viveu de alguns abnegados. Seja
financeiramente ou talentosamente. E lá se vão pelo menos 40 anos. As
categorias que hoje correm no Brasil, desculpe, começam do nada e vão ao lugar
nenhum. Ou você acha que algum dirigente da F-1 fica assistindo a performance
de algum piloto da Stock Car. Ou da Truck? Ah, mas tudo começa no kart. Ano
após ano, o Brasileiro de Kart vice cercado de problemas.
E, ninguém ao menos questiona
seriamente a Confederação. Que, justiça seja feita até fez barulho na época da
demolição do autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Mas, é pouco. Assim,
também é nas federações estaduais. Em Campo Grande, existe um circuito
construído há pouco mais de dez anos. E, pasmem, não recebe prova de alto nível
há pelo menos duas primaveras. A ponto de ser notícia pela última vez por sediar
em sua cercania, etapa estadual de...motocross.
E, caso houvesse uma indústria
legal de automobilismo no país, independentemente das categorias mundiais,
talvez o descontentamento seria menor. Entretanto, quando se olha para o país
vizinho Argentina e descobre que em território Hermano há um campeonato forte
e, sério, muito mais pistas do que no
Brasil, vejo que alguma coisa está errada. Ou muito errada.
Por isso, o problema não é só o Massa.
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