Atlético-MG na final e a mania de dizer que foi sorte, fé. E o trabalho?


Esse Cuca...'Quanto mais eu trabalho, mais eu tenho (sorte)'
Bruno Cantini/Divulgação


‘Ronaldinho concentrado 5 dias não é fácil’. A declaração do presidente Alexandre Kalil dá a dimensão de como o Atlético-MG levou a sério a semifinal contra o Newell’s Old Boys. Mais um jogo histórico para os atleticanos e, para quem gosta de futebol.
A difícil classificação se deu nos detalhes. E, não nesta conversa de sorte, fé, que o técnico Cuca, sem querer, acaba exalando. O Galo Mineiro está na decisão, inédita para a história centenária do clube por méritos.
Vamos os detalhes que fazem a diferença
1 – Comprometimento: nenhuma declaração por parte do elenco que desse munição aos argentinos
2 – Goleiro Victor catou muito. Sim, mas antes de decisão por pênaltis, integrante da comissão técnica deu as dicas de como cada um dos jogadores do Newell’s costumava cobrar a penalidade máxima. Já que na fase anterior, o NOB classificou deste modo.
3 – Cuca corajoso: quando vi deixar o campo a dupla Tardelli e Bernard, eu e uma pá de gente pensou a mesma coisa “que raios de mudança é essa?”. Esta é a diferença de quem acompanha o dia a dia do elenco, no caso o técnico, da gente, às vezes especialistas, mas muitas vezes, meros palpiteiros. Resultado Guilherme marcou o gol de empate e, ao lado dele, Alecsandro não desperdiçaram as cobranças. 
4 – Ronaldinho Gaúcho: questionável a cobrança em cima do camisa 10. O passe para o primeiro gol foi dele, e, sob toda a pressão, bateu com precisão o último pênalti da partida que foi parar no fundo das redes. “Sem exageros, participei de uma cobrança de pênaltis na Liga dos Campeões. A pressão é grande, e já vi jogadores sentirem ânsia de vômito naquele caminho entre o meio de campo até a marca do pênalti”. Frase do comentarista Belletti, que como jogador foi campeão da Liga dos Campeões da Europa.
5 – Ah, e soube reajustar a equipe depois do apagão de dez minutos no segundo tempo. Antes que digam que a parada beneficiou o Galo, vale lembrar o óbvio: os dois técnicos tiveram o mesmo tempo para orientar a equipe. Ou não?



Lógico, se tivesse perdido, tudo seria diferente. Mas, já disse o sábio uma vez: ‘o se não entra em campo’. Parabéns, Galo!

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