Gentileza, hoje, está tão fora de moda



Sabe aquela propaganda de gosto duvidoso mas de objetivo nobre do, Dê um bom exemplo que a moda pega? Tem dias que chegou à conclusão de que educação é um produto que não se compra, é invendável.
Veja só este exemplo da vida cotidiana:
Lá vou eu distrair a criançada em plena manhã de terça-feira. Aproveito que tenho de ir ao banco pagar alguma coisa com o meu suado dinheirinho e levo os meus guris. Tudo bem, não é o mais indicado, mas é que perto de casa não há muita coisa para criança. Aliás, não há nada perto para o trio pedestre. Mas, sem lamentações, e criança consegue achar um jeito de divertir. Sempre. Voltando ao bank, paguei lá o código de barra e na hora de descer os degraus que dão acesso à calçada, a pequenina inventa de fazer um circuito de atletismo. Desce escada, sobe pela rampa reservada aos deficientes, sobe escada, desce a rampa, sobe escada. E, eu em um misto danado de medo dela cair e diversão de pai babão, torcendo para a doidinha cansar, e vendo as pessoas desviarem da mini-mini-atleta de 1 ano e 8 meses. Enquanto isso, o mais velho tira o sarro: “Eu estou em primeiro e você em último lalalala”. Ressalto: Sem importunar ninguém e nem provocando qualquer problema.
Tudo muito bom, tudo muito bem, até que, um casal para na entrada da escada e, espera a gente desviar. Pôxa, custava deixar a gente passar e seguir a brincadeira. Não, de certo eles entendem que é preciso respeitar os mais velhos, ou o corredor de uns três metros de largura é estreito demais. Bom, fato é que tive de pegar a filhota no colo para deixar o educadíssimo casal passar com ar arrogante que desafia a minha paciência desoriental. Fim da brincadeira. Realmente, para muitos, gentileza nos dias de hoje não é acessório, tampouco opcional. Está fora de moda mesmo.

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