Dezessete medalhas foi pouco. O COB merece um chacolhão

Marcus Vinicius Freire, homem-forte do COB,  pede para sair,  por favor
Crédito: Divulgação
Segunda-feira foi um dia meio estranho. Já estava tão acostumado em acordar e ligar a televisão para ver o que acontecia em Londres, que fiquei meio desnorteado.
Foi bom enquanto durou. Daqui a quatro anos tem mais um Rio imenso de disputas olímpicas. Mas, disso vamos deixar bem mais para frente. O negócio é falar sobre o desempenho do país nos Jogos de 2012. E aí, foi bom para você?
Dezessete medalhas em um investimento de R$ 300 milhões e o Comitê Olímpico Brasileiro se deu por satisfeito. Aos realistas ou otimistas, o destaque de que foi o maior número de medalhas conquistadas em uma só edição. Aos realistas, ou pessimistas, foram R$  100 milhões a mais investidos em relação a Pequim 2008, e uma medalhinha a mais. Calma, não errei na conta. É que a seleção de futebol não conta com o incentivo do dinheiro público. Assim, o José Maria Marin (presidente da CBF) se quiser, pode pegar uma medalha para ele de algum jogador, no melhor estilo, “tô pagando”.
Bom, como vocês podem perceber, eu já escolhi meu lado. Não gosto muito de analisar o desempenho pelo número de pódios. Mas, é uma referência, paciência. E, nesta toada, soa insano considerar, como alardeou o COB, que a campanha foi satisfatória.
Venho acompanhando várias críticas, principalmente pelos sites esportivos e seus colunistas. Todos muito bem munidos de informação e com textos muito bem embasados. Mas, não sei se por certo receio ou por não poder fazer sob pena de perder o emprego, não li ainda nada mais direto ou óbvio a se fazer nestas horas: pedir a demissão dos dirigentes.
Ué, não é assim que geralmente em uma empresa, ou mesmo no futebol? Quando os resultados não acontecem, o que se faz? Dispensa. No caso do COB, tinha que pedir ao presidente da entidade Carlos Arthur Nuzman, que seu superintendente, Marcus Vinicius Freire, deixasse o cargo. É sério. Faz quantas edições olímpicas que ele está no comando da parte prática (a parte política, claro, é do Nuzman) e nada. Pensem bem, somando Pequim e Londres, foram R$ 500 milhões para menos de 40 medalhas. Exatamente,  trinta e duas.  Portanto, vamos fazer a campanha “Freire fora porquê ta flórida, Freire fora porquê ta flórida!”.
Já deu né?

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