Dunga, agressão a jogador, jogo com 240 torcedores. Ô dura realidade

Até parece aquele sentimento de déjà vu. Mas, infelizmente não é. Sim, acabou a Copa e reiniciaram os problemas de sempre do glorioso ‘país do futebol’.
Na seleção, ao que tudo indica (ainda tenho uma esperança que não) haverá o Dunga’s Return. É ou não é o Conto Brasileiro de Fadas? Puxa, nem a Branca de Neve e seus anões tiveram continuação. Nada contra. Antes da Copa de 2010, venceu a Copa América, a Copa das Confederações. Com um sistema tático fincado no contra-ataque e ao luxo de fechar o grupo (assim como Scolari) e dar de ombros para Neymar e Ganso. Na África do Sul, vamos dizer que um “apagão” fez o Brasil tomar dois gols diante da Holanda. E lá foi Dunga execrado por todos, inclusive por aqueles que o saudavam. É ou não é parecido com os dias de hoje? Como se não bastasse tudo isso, o capitão do tetra teve o Inter-RS nas mãos e não conseguiu ganhar nada de relevante. Como prêmio, se assim for confirmado, o bilhete premiado enviado por Marin e Del Nero. Que beleza!
Na Copa do Mundo inteira, ficou sabendo de algum jogador agredido? E isso que são 32 seleções, 12 a mais que a Primeira Divisão do Brasileirão. Pois é, exatamente uma semana depois da Alemanha levantar a taça de campeã do mundo, eis que, ironicamente o time brasileiro mais paparicado pela seleção germânica tem de aturar pseudo-torcedores. A agressão ao lateral André Santos é inadimissível. Vaia, xinga, sei lá, deixe de ir ao estádio, mas nada justifica. Vem cá, imagina se por um erro ou uma série deles alguém chegasse e te detonasse, ameaçasse te bater, você encararia como um fato normal? Duvido. Pior, tem gente que aprova. “Eles ganham muito dinheiro, merecem uns cascudos de vez em quando”. Ah, é?! Quer dizer que se alguém te oferecesse um aumento muy generoso em seu salário, ou uma oportunidade bacana para você ganhar (bem) mais, você iria declinar? Sei, um discurso “desculpe, eu não mereço ganhar tanto, dá para reduzir este valor?”. Duvido. Se o cara ganha bem, é porquê alguém acha que ele vale isso. Na pior das hipóteses, reclama com o chefe, o patrão. Mas, por favor, quem apela perde a razão.
E, por fim, em Dourados, o time do Itaporã, representante do Mato Grosso do Sul na série D estreou. Com derrota e pouca torcida. Infelizmente, nada fora do normal. Placar negativo de 1 a 0 até ficou barato para um amontoado de jogadores que se conhece dentro de campo há apenas duas semanas diante de um adversário (Anapolina-GO), que começou a preparação em junho. 
Quem disse que a Tática não esteve em campo no Douradão?
Rafael Coca/Divulgação
E o pouco público, 240 torcedores no estádio, é reflexo do mal-tratado futebol estadual, espelhado em descrédito gerado por anos e anos de campanhas ruins, principalmente fora de campo. Neste caso, tudo bem. Não custa nada lembrar que parte da imprensa exaltou o último Sul-Mato-Grossense como o melhor dos últimos tempos, com a “volta da torcida”, etc, etc. E os clubes corroboraram a boa gestão da federação ao reeleger a diretoria. Por unanimidade.
É isso aí. Vamos que vamos que hoje ainda é segunda-feira.

Boa semana a todos.

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