Quem não tem série A, B, ou C, vai à caça com série D. Vai, Águia!

Texto publicado na edição de sábado (01) do jornal O Estado MS

Goianésia e Aparecidense, de Goiás, e Mixto, de Mato Grosso. Esta é a primeira fase, espero que não seja a última, da dura realidade do futebol em Mato Grosso do Sul: a Quarta Divisão do Campeonato Brasileiro, Série D para os íntimos. Se é que existe muita gente que conheça a competição. Confesso, conheço muito não.
Ah, mas tem o Naviraiense na Copa do Brasil, as coisas não estão tão ruins. Sejamos realistas, o Jacaré do Conesul é exceção à regra. E olha que quase, mas quase mesmo o “fogo amigo” detonou a exceção.
Porém, o assunto agora é Série D. Porém, o assunto agora é Série D. O que todos sabem sem objeção, até quem é contra índio, contra fazendeiros, contra os dois, a favor dos dois, é que a competição é dura. Dura de ver, dura de assistir, dura de aguentar. Ainda mais nestas primeiras fases. E, olha que o nosso glorioso Estado jamais chegou a segunda fase deste torneio esquecido por todos e que chega às duras penas a quinta edição.
Todavia, se você não tem cão caça com gato. Então, se não temos Série A, Série B, nem Série C (divisão em que nossos vizinhos mato-grossenses jogarão este ano com dois times), vamos a luta com a “Séris Dêzis”, ao estilo mussunês. E, a hora, ahora en español, ou agora, é o momento de boas vibrações para o Águia Negra de Rio Brilhante! Avante Rubro-Negro! Rumo à Série C. O caminho só existe quando você passa, já canta Samuel Rosa. Então para chegar
ou ressurgir tal qual uma Fênix, é preciso ir por etapas: Quarta, terceira, e, quem sabe a longo prazo, segunda divisão!
Do time que foi eliminado ainda na primeira fase do Sul-Mato-Grossense deste ano e conseguiu perder de 2 a 0 para o Bragantino, melhor equipe da região de Bragança Paulista, poucacoisa ficou. Apenas cinco jogadores. Para encarar a competição que começa no fim de semana, sem dinheiro no cofre e até agora, pelo menos foi o informado pela direção do Águia Negra, nem apoio da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, a solução encontrada foi fazer uma parceria com empresários e clubes do Paraná. Além, é claro, de uma verba municipal de R$ 25 mil por mês. Facilitada, talvez, pelo fato do presidente do campeão estadual de 2012, ser vereador da cidade.
Já que o poder público e estatal em campo parece ter sido assimilado por todos, demorou para os políticos quedefendem tão bem os nossos celeiros de fartura cobrar patrocínios para algum time de MS, certo? Assim, como fez o ilustre Fernando Collor de Mello, que, segundo o próprio
senador, conseguiu patrocínio da Caixa Econômica para o CSA das Alagoas. Vai que dá certo.
Independente de tudo, boa sorte ao Águia Negra. E, sem chorar pela falta de ajuda. Quem cala, consente, compreende?

O jogo no Maracanã quase foi suspenso. Alguém acreditou, mesmo?
Amanhã tem amistoso no Maracanã. Mas, o fato dos últimos dias foi a quase suspensão da partida. Ou a suspensão que não valeu. Suspensão de mentirinha. Ou
seria para inglês ver? Fala sério, alguém acreditou que não haveria o jogo de
amanhã com os ingleses? Com tantos interesses, é ruim, hein?
E por que a tentativa de “melar” o amistoso às vésperas do evento que vai testar o principal estádio do Brasil para a Copa do Mundo? Até parece a minha cidade em que o pessoal teima em tentar “sabotar” eventos e shows em cima da hora?
Às vezes, reconheço que o caboclo que disse que o Brasil não é um país sério, tem razão. Pelo menos um pouco, vai.

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