Eventos esportivos em Campo Grande. Vem, vão e...é só
![]() |
Depois da festa, o que resta? Luiz Doro/adorofoto |
Em menos de dois meses, Campo Grande recebeu
dois eventos nacionais. A etapa do Circuito intermediário Nacional de vôlei de
praia denominada pomposamente de Challenger (a principal em que joga por
exemplo a Talita não virá a nossas praias nesta temporada), e no domingo, uma
etapa do Circuito Nacional de Corridas de atletismo.
Puxa, muito legal a cidade receber estas
etapas, movimenta o local, ajuda a combater a ociosidade crônica da rede
hoteleira em Campo Grande, ajuda a divulgar o município, apesar de nunca ter
havido um estudo sério sobre tal repercussão, etc.
Só tem um problema. Ou seria, o problema?
Nem no vôlei de praia, tampouco na prova pedestre, houve atletas nascidos ou
que treinam em nosso Estado nas primeiras posições. Nas areias, a esperança
estava depositada em Benjamin, atleta com experiência olímpica, um garoto de 41
anos. Na corrida do atletismo, o desempenho foi tão bom dos donos da casa que
até a organização do Circuito Nacional não soube informar se houve alguém de
destaque.
Soa repetitivo, até chato, mas sempre é bom insistir: sem valores locais, sem olhar com carinho para o esporte de base e sem política forte para revelar e até segurar talentos, seremos sempre palco para emoções de um fim de semana só. A vinda de grandcs eventos, ou de médio porte como foram estes dois citados, é sempre bem-vinda. Mas, que seria muito melhor termos nomes “da terra” para torcermos e a criançada ter em quem se espelhar, ah, isso seria.
Nota - O melhor corredor de MS na etapa do Circuito Nacional foi Vilmar Roberto Dias, 13º no pelotão de elite masculino. Informação recebida às 15h10 (de MS) por e-mail via assessoria.
Comentários
Postar um comentário