Nas Paralimpíadas, sorte ao quarteto fantástico de MS
Nas
Paralimpíadas, sorte ao quarteto fantástico de MS*
Nesta semana, o
Comitê Paralímpico Brasileiro divulgou a lista com os 182 atletas que
disputarão a Paralimpíada de Londres, que começa logo após finde os Jogos
Olímpicos, em agosto. Mato Grosso do Sul emplacou quatro representantes.
Parabéns à judoca Michele Aparecida Ferreira, e aos jogadores Marcos dos Santos
Ferreira, Fernandes Celso Alves Vieira e Ronaldo Almeida de Souza, da seleção
de futebol de 7 PC (Paralisados Cerebrais). Parabéns ao quarteto.
Que se esforça
muito e não tem nada a ver com os problemas enfrentados fora dos treinos e das
competições. Não sei ao certo, mas acredito que, pelo menos, os quatro
sul-mato-grossenses recebam bolsas federais. Merecidamente.
A eles, deveriam
passar longe as dificuldades já devidamente retratadas neste jornal.
Escancaradas pela convocação à Londres. As vagas conquistadas pelo Estado não
chegam a 3% do total de 182. Quer mais? Oito. Este número é exatamente o dobro
de para-atletas que Mato Grosso do Sul teve em Pequim-2008.
Tudo bem, vai ver
é muita crueldade. Até porquê, Mato Grosso terá apenas um representante na
terra da Rainha. E, mesmo assim, o Comitê Brasileiro cunhou a sigla do Estado
vizinho de... MS! Vamos lá gente, não é do Sul, não é do Sul!
Mas, acredito que
o ideal é evoluir, ou manter o ritmo. Aqui no Centro-Oeste, comparar com o
Distrito Federal seria inviável. Entretanto, Goiás vai enviar onze, quase três
vezes mais.
Quem quiser conferir:
http://www.cpb.org.br/wp-content/uploads/2012/06/Londres-2012_Convoca%C3%A7%C3%A3o-Oficial-COMPLETO.pdf
Assim, seria
interessante olhar com mais carinho o paradesporto sul-mato-grossense. Talvez,
uma saída seria diversificar as modalidades. Ou, capacitar e melhorar o nível
da prática. Dizem que o apoio público já está voltado para o investimento na
base, de olho no Rio-2016. É um ponto positivo, caso não seja apenas uma muleta
para maquiar a redução da participação dos para-atletas em Londres.
Na real, e com
trocadilho, o problema é o deficiente. A sociedade ainda é deficiente para
enxergar o paradesporto como esporte. Preconceito mesmo. Injusto. Estão aí os
resultados a nível nacional e internacional no judô, futebol de 7, e atletismo
dos nossos para-atletas. Às vezes, falta de iniciativa privada e nossa mesmo.
Quem sabe no futuro
né? Em nível nacional, alguns para-atletas já são destaques e contam com
patrocinadores. Mas, o processo é lento e, em Mato Grosso do Sul, é lentíssimo.
Enquanto isso, ficamos na torcida! Força e boa sorte ao quarteto fantástico.*Este texto foi publicado originalmente na edição de sábado (23) do jornal O Estado MS www.oestadoms.com.br
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